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A Vacância Absoluta da Sede Romana (parte 2)

A defecção pública atual na Fé

2.1 A base no Agnosticismo e no Ateísmo
O Modernismo funda-se na pseudo-filosofia chamada Agnosticismo e no Ateísmo, ensinou São Pio X (Pascendi). E ela é a base da “nova igreja” do Vaticano II. Ele soma todos os delitos de todos os inimigos da Igreja: desde os ateus da Revolução Francesa, da Maçonaria, até os hereges subversivos todos: Lutero, Ario, Berengário, Lamennais, Loisy. Subverte toda a Filosofia racional e toda a Teologia revelada. Quem olhar a extensão da encíclica “Pascendi” conhecerá a extensão da subversão do Vaticano II. O dragão do Apocalipse tem sete cabeças e sobre ele está a “grande prostituta”, sobre as sete colinas de Roma.

Retirando-se a razão sobram os sentidos, os “sentimentos” maus, pervertidos pelo pecado dos que são “filhos da ira por natureza” (Ef. 2,3), opostos ao Filho de Deus que “habitou entre nós”. Tudo foi mudado a título espúrio de “evolução da doutrina” (1.11), de “coisa nova” (1.5), oposta à verdade universal, perene, perpétua, até o final dos tempos.

No centro dessa “evolução” está a Criteriologia da verdade: de universal e necessária ela passou a ser individual e livre, “de cada um para si” (3.3). Desse modo todas as opiniões falsas tornaram-se “verdades” falsas, individuais, relativas a sujeito, sem a necessidade do objeto do mundo exterior e da Revelação exterior, una e única.

O Ceticismo universalizado gerou a falta de Fé na autoridade divina da Pessoa de Cristo. Uma Ética relativista e atualista, de situações e circunstâncias, afastou a Lógica universal e a Dogmática universal. Até Mons. Lefèbvre pregou isso, junto com Dom Mayer e seus seguidores.
Esse Agnosticismo nega a verdade universal, absoluta. E a “nova igreja”, sinuosamente, dissimuladamente, o prega. Declara uma “busca” individual e livre, nas trevas de uma pseudo-ignorância da verdade universal e necessária. Dessa busca agnóstica surge a individualização da “verdade”, oposta à sua universalidade. Da liberdade individual no agir surge a eliminação da necessidade da razão universal no conhecimento da verdade sobre os seres. O Relativismo agnóstico surge da colocação da vontade livre precedendo à razão não livre no conhecimento da verdade. O Vaticano II prega o: “dever de ser conduzido por critério próprio e de gozar de liberdade” (11.2) no agir. Esse “dever” não veio da necessidade universal da verdade racional. Veio do Agnosticismo de Berkeley, Hume, Kant, negando-se a base racional da Ciência.

Por aí, depois de destruir a necessidade e a universalidade da verdade racional natural, destrói-se também a necessidade e universalidade da fé em um só Deus verdadeiro, da fé comum a todos, ensinada por São Nicolau I (D.S. 639). E, por aí, destrói-se a “norma universal de moralidade” sobre a qual insistiu Pio XII (D.S. 3780) e o “Magistério universal” da Igreja, norma universal do “dever de crer” nas verdades reveladas, como pregou o Vaticano I (D.S. 3011). Daí nasce o “cada um com verdade para si” (3.3), com “sua fé” no crer (4.5) e com suas “normas próprias” no agir (4.3). Tal Agnosticismo elimina a “forma única” (5.3) da verdade e o “critério único” de verdade religiosa (11.2) e o “único Deus verdadeiro” proclamado pelo Vaticano I (D.S. 3026). Daí resulta que: “cada um ordena-se a si mesmo por sentença do seu próprio espírito” (3.10), “direto” para o seu deus (3.7). Esse Politeísmo vem do Agnosticismo, desse Relativismo.

Dessa falsa base filosófica resulta que cada um tem a “sua revelação” individual (11.12) e a verdade muda-se com as pessoas e com os tempos, como está na heresia do Modernismo de Loisy (D.S. 3458). O Concílio é agnóstico: as opiniões errôneas tornam-se “estas verdades” (3.1) e geram o “direito de não seguir a verdade” (2.9). Todos serão igualmente “autoridades” em religião (4.3), quer a Sede de Pedro, quer o líder de qualquer seita ou religião pagã. Desse modo, “a falsa religião cristã” afirmada por Pio XI (Mortalium animos) se torna “a única verdadeira religião” (1.7). Muda-se a Igreja Católica dos fiéis pela “ecumênica”, a da multidão de seitas e religiões pagãs. Será a “religião da humanidade”, “mais universal do que a Católica”, que São Pio X condenou em Marc Sangnier. O “povo de Deus” não mais será a “plebs tua sancta”, mas a multidão da “gente non sancta”, englobando, indiscriminadamente, “todos os homens” (Lumen gentium).

Por isso o Sr. Ratzinger, desviado da fé, e portanto papa nulo, afirma que a verdade “é função do tempo” e que o Protestantismo e o Catolicismo são, igualmente, verdadeiros, cada um a seu modo (Pr. de Teol. Cat., p. 16). As opiniões falsas viraram “verdades” no Agnosticismo básico. Uma Ética de situações, relativista, contra a fé, tem por base a negação dos princípios e leis universais, ensinou Pio XII em sua Alocução de 18.04.1952. Eis a base agnóstica da heresia modernista no Vaticano II. O Sr. Montini que a subscreveu e pregou, está por isso “ipso facto” “separado da Igreja pela natureza do seu delito” (Pio XII – D.S. 3803). Esses papas são agnósticos! Relativistas!
2.2 A liberdade religiosa
Depois de Gregório XVI, que condenou a liberdade de consciência como “delírio” (Mirari vos), Pio IX condenou essa doutrina como “a mais fatal para a Igreja Católica e para a salvação das almas”: “a liberdade de consciência e de cultos como um direito livre de cada homem”, “garantido legalmente” (Quanta cura). A autoridade não poderá limitar as opiniões falsas. É uma “liberdade de perdição”. Homens maus “combaterão a verdade”, livremente; combaterão o Deus verdadeiro, a Igreja verdadeira. Isso é contra as doutrinas de Cristo, contra a Fé e a sabedoria cristã. De nenhum modo é lícito defender essa “liberdade promíscua”, ensinou Leão XIII (Libertas).

Entretanto: O Concílio Vaticano II declara que: “a pessoa humana tem direito à liberdade religiosa” (2.1); “para não satisfazer à obrigação de seguir a verdade e de a ela aderir” (2.9). Retirou os limites universais da verdade e da fé e do “direito” de agir. E o Concílio se diz “fiel à verdade evangélica” e “no caminho de Cristo e dos Apóstolos”, defendendo essa “norma da liberdade religiosa”. Ela é dita ser “conforme com a dignidade do homem e com a revelação de Deus” (12.1). Isso é um “falso conceito de dignidade do homem” ensina São Pio X (Notre charge apostolique). Isso “perverte o conceito de verdadeira religião”; “é uma falsa religião cristã” ensina Pio XI (Mortalium animos). Perverte-se o conceito de verdade; de universal para individual; de necessária para livre. De submissa ao poder do verdadeiro Deus, por “necessidade de consciência” (Rom. 13,5), passa-se para a não submissa a esse poder de Deus por “liberdade de consciência”. Colocou-se o livre arbítrio na frente da razão necessária, não livre.
Perverteu aí o Vaticano II o conceito de “revelação de Deus”: em vez de exterior ela vira do interior, da “mente dos homens” (12.4), cada um com “sua revelação” (11.12), da “experiência” e “razão humana” (9.1). A infidelidade da “nova igreja” tornou-se “fidelidade” a essas doutrinas dos ateus e hereges. A falsidade do Pai da Mentira tornou-se “verdade”. A “falsa religião” (Pio XI) tornou-se “a verdadeira” (Vaticano II – 1.7). O “sistema arbitrário” do Relativismo de Einstein penetrou no Vaticano II, tornou-se a sua base.

Esta “liberdade religiosa” é o primeiro pilar do Agnosticismo da trilogia da Revolução Francesa. A verdade natural e a revelada não são livres, mas necessárias, independentes da vontade individual de cada sujeito. A razão discrimina, necessariamente, entre verdade e erros. “Sobre isto jamais existiu, nem existe, para a Igreja, vacilação alguma, pacto algum, na teoria ou na prática. Sua atitude não mudou no curso da História, nem pode mudar”. “A isto a memória gloriosa dos Mártires é a mais eloqüente resposta da Igreja” (Pio XII – Ci riesce). Eis a subversão total e básica da “nova igreja” do Vaticano II.

Daí nasce a repulsa de Lutero aos Dez Mandamentos, como “coação exterior” (2.7), como coisas livres e indiferentes, como não preceituados e nem proibidos, mas livres, para os cristãos. Trento condenou isso (D.S. 1569) e o Vaticano II prega essa liberdade, a exclusão de: “qualquer gênero de coação” (10.3). “Nemo cogatur” e “nemo impediatur” disse o Sr Montini. Isto é: nem mandamentos “coativos” para o bem; nem “impedimentos” para o mal, para todos. Deus não mais impera o bem; Deus não mais proíbe o mal. Deus deixou de ser “Legislador dos homens, que deve ser obedecido” (D.S. 1571). Agora “cada um ordena-se a si mesmo por sentença do seu próprio espírito”, diz a subversão clara do Vaticano II (3.10). Absit!

Tal doutrina vai contra a Revelação divina que coloca a espada na mão do ministro de Deus, “vingador na ira contra os maus” (Rom. 13,4-7). Vai contra a Deus revelando a Moisés o Primeiro Mandamento, vetando a idolatria (Deut. 13). Vai contra a condenação dos Jansenistas, feita por Pio VI, excluindo eles a coação penal exterior contra os maus: “é sistema herético” (D.S. 2605). Isso é o desejo dos modernistas agnósticos para afastar o “Cristianismo dogmático” e para estabelecer “um Protestantismo largo e liberal” (D.S. 3465).

Agora, no Concílio, “as vontades dos homens da nossa idade” (15.1) determinam a “única verdadeira religião” (1.7) e o Concílio “atende esses desejos” (1.5). “De nenhum modo é lícito defender essa promíscua liberdade”, ensinou Leão XIII (Libertas). A subversão aí é total.

2.3 A igualdade indiscriminada de religiões
Da “liberdade promíscua”, para a verdade ou contra a verdade no agir, nasce a “igualdade” indiscriminada entre a religião verdadeira e as falsas. É o que Pio IX condenou: “não levar em conta a religião”, as “razões religiosas” ou “não fazer nenhuma distinção entre a verdadeira e as falsas” (Quanta cura). A sociedade civil, exterior, seria agnóstica. E o Concílio coloca o “dever”, vindo do Agnosticismo: “por razões religiosas não lesar a igualdade jurídica dos cidadãos; não fazer discriminação entre eles” (6.7). Dever vindo do não levar “em conta a religião verdadeira” e do “não discriminar” entre a religião verdadeira e as falsas. A heresia é patente. Isso é: “contraditar as Sagradas Escrituras” (Quanta cura). “É levar em conta o homem e não a Deus”. É colocar a Igreja de Deus sob o poder civil dos ateus. Isso fez o Vaticano II. O poder civil agora tutela, por leis civis, a “liberdade religiosa” e não a verdade religiosa. Afasta as “razões religiosas” verdadeiras e tutela as falsas. Iguala o Deus verdadeiro aos falsos. Agora isso é a “única religião cristã”. Isso subverte o conceito de Direito (Pio XII – Ci riesce). Isso “subverte a Constituição divina da Igreja” (Pio IX – D.S. 2886). Leão XIII condena que: “os vários gêneros de cultos divinos tenham o mesmo direito que a verdadeira religião” (Immortale Dei). Pio IX condena-o (Quanta cura).

Daí vem a igualdade entre os deuses falsos e o único verdadeiro: o Deus católico aí “é o mesmo deus” dos muçulmanos (Nostra aetate, Lumen gentium). Blasfêmia!

Por isso o Sr. Wojtila oscula o Corão e recebe na fronte e sinal de Shiva; e o Sr. Ratzinger vai a mesquita muçulmana e à sinagoga dos judeus ou templos luteranos. O “arco-íris” de todas as falsas religiões, com mandamentos livres e deuses “iguais” e “livres” é usado por padres e bispos da “nova igreja” e por sodomitas. Cultua-se a “vontade sagrada” do homem (13.2), seus “desejos” (1.5), suas “opções” (15.1). Não a vontade do único Deus verdadeiro. Eis o Ateísmo fundamental oculto sob o afastamento do único Deus verdadeiro, universalmente necessário para todos. A falsidade sobre “Deus” tornou-se agora a norma universal para todos.

2.4 A união ecumênica
Dessa negação agnóstica da verdade universal, necessária; dessa liberdade indiscriminada para agir segundo o livre arbítrio individual (2.7) e não segundo a verdade racional; dessa igualdade indiscriminada entre o Deus verdadeiro e os falsos deuses, nasce a “união” agnóstica no politeísmo pagão, com sua multidão de falsos deuses. A “religião da humanidade” será a do politeísmo pagão, “mais universal do que a católica”, como São Pio X condenou em Marc Sangnier. Cristo seria um entre muitos falsos “deuses” iguais do politeísmo pagão. “Sem discriminação por razões religiosas” entre fiéis e infiéis; entre fiéis e heréticos; entre católicos e não católicos; entre o “povo santo” e o “povo não santo”. “Ut omnes unum sint”: pervertem essas palavras de Cristo aplicando-as, agnosticamente, à massa de pagãos, hereges e cristãos e não só aos verdadeiros fiéis entre si. A fraternidade “cristã” se tornaria agnóstica, pagã, no “novo humanismo”, sem discriminar o único Deus verdadeiro de todos os falsos. Por isso pintou-se no Vaticano II: “A ressurreição de Péricles”; por isso o ateu Gorbatchev foi recebido com honras e medalha comemorativa no Vaticano; por isso o Vaticano mandou representante à festa da pedra fundamental de mesquita em Roma. Por isso construiu templo ecumênico em Fatima. Por isso padres e bispos usam o arco-íris como símbolo comum com os gays, dentro do templo de Deus. Disse o Sr. Wojtila que o Ecumenismo: “veio para ficar”. Ele agora é “a única verdadeira religião” (1.7).

O Ecumenismo “perverte o conceito de verdadeira religião”; “é uma falsa religião cristã”, ensinou Pio XI (Mortalium animos). Bíblias ecumênicas, seminários ecumênicos pervertem o “novo clero”. Só um cego não vê aí a ressurreição do paganismo com sua multidão de deuses falsos. Trocaram o templo do único Deus verdadeiro pelo “panteão” de todos os falsos. “Separem-se” (2 Cor 6,14-18).

2.5 A igreja democrática
Dessas premissas falsas decorre o afastamento da monarquia de Direito divino, da Sede de Pedro. Decorre que o poder divino de jurisdição dado, de modo “imediato”: “só a Simão Pedro” (Vaticano I – D.S. 3053) seria coisa falsa, um “erro”, contra a liberdade e igualdade das pessoas, contra a vontade dos ateus e agnósticos. É heresia central da nova-igreja.

Agora todos são “autoridades” iguais (4.3); todas as seitas e religiões têm “iguais direitos”. Não se quer mais a “heterogenia” do poder vindo não do homem, mas do Deus verdadeiro. Ou, se vem de Deus, vem através do povo, das comunidades, das “igrejas” variadas e livres. O politeísmo pagão, iguala os deuses todos e coloca a Cristo como uma “parte” do “panteão” onde todos eles são iguais. A exclusividade do poder concedido “uni Simoni Petro” (Jo 21,15), com poder supremo (Mt. 16,16), é uma forma de regime oposta à da Democracia onde todo poder vem da vontade livre de cada pessoa. “Sintetiza-se a Religião como um gênero de Democracia”, condenou São Pio X em Sangnier (Notre charge apostolique, 21). O poder viria de Deus através do povo, “da comunidade dos fiéis para os pastores” (D.S. 2602), dos “representantes das Igrejas”, num “poder supremo colegiado”, onde o papa é apenas uma “parte” do todo e não tem a totalidade exclusiva do poder, como o demonstrou o Cardeal Torquemada no Concílio herético de Basiléia, conciliarista. Inocêncio X declarou herética essa doutrina das duas cabeças unidas, formando uma só (D.S. 1999). Leão XIII ensinou: “Não se admite dupla cabeça na Igreja, do mesmo nível. Os bispos não têm autoridade nem plena, nem universal, nem suprema” (D.S. 3307).

Eles só estão unidos a Pedro: “se estiverem sob Pedro e o obedeçam”. “Só a Pedro (...) deu Cristo um verdadeiro e próprio poder de jurisdição”, em nível supremo (D.S. 3055). Donde a heresia do Vaticano II: “A ordem dos bispos (...) é também detentora do poder supremo sobre a Igreja inteira”. O Colégio: “exprime a variedade e a universalidade do povo de Deus”. “Cada bispo representa a sua igreja”. O poder supremo na Igreja teria sido dado: “também” ao colégio dos bispos (Lumen gentium, 22). São Pio X condenou tal “igualdade” entre São Paulo e São Pedro, como se que a Igreja: “não fosse, desde os primeiros séculos, o principado de um só homem, isto é, monarquia” (D.S. 3555). Escreveu São Pio X sobre Leão XIII: “Ele fulminou uma certa Democracia que vai ao grau de perversidade de atribuir ao povo, na sociedade, a soberania e de querer a supressão e o nivelamento de classes sociais” (Notre charge apostolique, 6). A Igreja não tem “duas cabeças”, Deus e o Vigário de Cristo, ensinou Bonifácio VIII (D.S. 872). Donde querer o poder supremo colegiado com igualdade e liberdade religiosa individual, não é só retirar o poder supremo do Vigário de Cristo (secundário em relação ao próprio Cristo); é querer retirar a monarquia de Direito divino, a própria Cabeça única divina que é a do próprio Cristo. É colocar “o homem” no lugar de Deus. É repelir ao próprio Deus e não só ao Vigário de Cristo: “Não foi a ti que eles repeliram; mas a Mim, para que Eu não reine sobre eles”, disse Deus a Samuel em caso similar (1 Sam 8,7). Eis o Concílio repelindo ao “Rei dos reis e o Senhor dos que dominam”. Depuseram por isso a tiara.

2.6 A missa ecumênica
Desse Agnosticismo ecumênico do “novo tempo”, nasce, na “nova igreja” a igualdade de todos os homens como “sacerdotes” e “autoridades”, “ministros de Deus”. Desaparece, com o desaparecimento da monarquia do poder de jurisdição, também a hierarquia do poder de Ordens. Lutero negava o Sacerdócio sacramental e queria só o sacerdócio dos “fiéis”, os quais, aqui, agora, são todos os membros do novo “povo de Deus”. Donde agora o celebrante da Missa e dos Sacramentos é a “ação da comunidade celebrante” (Diretório Ecumênico Ad totam Ecclesiam, nº 55). O que está à frente é apenas o “presidente da assembléia celebrante”. Ele reza, em vez do “Cânon de Ação” sacrifical, uma “Oração presidencial”. O ministro sacramental desapareceu.

A forma da Missa agora é arbitrária; tem “fórmulas inteiramente novas”; são partes da “narração da instituição”, “simples memória do único Sacrifício já realizado”, no passado. A nova Missa foi feita para ser “acomodada aos sentimentos do espírito deste novo tempo”, escreveu o Sr. Montini (Missale Romanum). O sentido de mera “ceia”, em mesa, sem altar, de simples “memória”, comemoração e mero símbolo, retirou o sentido de “verdadeiro e próprio Sacrifício”, realizado “somente” pelo “verdadeiro Sacerdote” e “não enquanto é presidente dos fiéis” (Pio XII -Mediator Dei). (D.S. 3850).

E o Deus ao qual se oferece esse culto é o de “qualquer religião” (6.8), o da “liberdade religiosa”, o da união “ecumênica” de todas as religiões, “sem discriminação” entre o verdadeiro Deus e os falsos; igualando a Divindade do Deus cristão ao dos muçulmanos e dos bramanistas da Índia.

Quem fez os “novos ritos” foi uma reunião de heréticos “ecumênicos” e de heréticos luteranos e anglicanos, todos não verdadeiramente católicos. Quem institui tal “nova” doutrina foi um papa “nulo”, que já promulgara a liberdade religiosa e o Ecumenismo. Nem um verdadeiro papa tinha poder e direito para fazer a mudança que foi feita (D.S. 3556; 3857). Tal papa era nulo e inválido (D.S. 520). Donde, segundo o Concílio de Florença, faltando três causas essenciais para a existência do Santo Sacrifício: ministro adequado, forma prescrita por Deus e intenção devida: “não se realiza o Sacramento” (D.S. 1313). É a doutrina da Igreja. Não é a opinião de um herético. São nulos todos os sacramentos e missas da “nova igreja” porque a fé que a fundamenta não é a universal, “a única verdadeira”; é a livre, arbitrária, relativista, “de cada um para si” (3.3). Ela é “outra igreja”; não é a de Cristo.

2.7 A mudança universal
A “nova igreja” é uma seita satânica. É a da “operação do erro” do homem do pecado no Templo de Deus (2 Tess. 2-1-11). Ela retira o poder de Cristo-Deus, o fundamento da Igreja e o coloca no homem. “Ninguém pode colocar outro fundamento” (1 Cor 3,11). São Pio X já falava, depois de Gregório XVI, do: “prólogo dos males que devemos esperar no fim dos tempos”, com o “sinal próprio do Anticristo”, “invadindo o templo de Deus, elevando-se acima de tudo que tem o nome de Deus (...), assentando-se no templo de Deus, como se fosse Deus” (2 Tess. 2,4). Já no início do século XX, no início do seu pontificado, o santo Pastor escrevia isso (E supremi apostolatus). Logo, é dever seguir aí a Gregório XVI e a São Pio X, na interpretação desses fatos.

Leão XIII, em 1884, no Exorcismo contra Satã e os anjos apóstatas escreveu: “Inimigos muito astutos (...) ergueram as suas mãos ímpias sobre tudo o que ela (a Igreja) deseja de mais sagrado. Lá onde foi instituída a Sede de São Pedro e a Cátedra da Verdade, colocaram o trono da sua abominação na impiedade, de modo que, abatendo o Pastor, o rebanho possa ser disperso”. A “nova igreja” do homem, como se ele fosse deus, colocando-se acima de Deus, quis mudar tudo na Igreja Católica: Filosofia e Teologia Dogmática, Teologia Moral, Sacramentos, Culto Divino, Direito de ação. Subverteu livremente o credo, os dogmas, a Tradição, as Escrituras, o Magistério da Igreja, a noção de Igreja, a Sede de Pedro, a Missa, os Sacramentos. Não é só uma heresia; é a apostasia completa. A noção de verdade e de Deus verdadeiro foi mudada. A Igreja Católica foi acusada de ser: “contrária ao espírito evangélico”; foi acusada de “erros”. O credo foi mudado. O nome “católico” é dado a essa outra religião diametralmente oposta à da Igreja Católica. Ela foi “reformada” totalmente com “novas verdades”, opostas às verdades universais perpétuas, imutáveis.

Mons. Lefèbvre e Dom Mayer, aparentando serem “tradicionalistas” pelos ritos de São Pio V, contudo, também eles, subverteram, inteiramente, o credo católico subvertendo a unidade de fé e a unidade e regime, separando as duas coisas inseparáveis, validando um poder “inválido” no herege público. Subverteram assim o primado de jurisdição na Igreja, inserindo-se a si mesmos: “no amplo círculo do Ecumenismo conciliar”, fazendo “experiências” sobre a Tradição católica. Por “prudência própria” (Prov. 3,1-5) agiram “em contradição com os princípios” da razão e da Dogmática. Repeliram o “espírito geométrico” da verdade absoluta da razão e da Fé, julgando “muito dura” a verdade não livre, não arbitrária, não individual.

2.8 Os movimentos subversivos incentivados
Além das “reformas” públicas já realizadas, prossegue a ação oculta, oficiosa por novas mudanças deletérias por “Movimentos” não oficiais do Vaticano, mas que agem, oficiosamente, “em nome do papa”, “autorizados e recomendados por ele”. Movimentos como os do Neocatecumenato, Focolarini, dos Carismáticos, dos Socialistas, Neo-tradicionalistas, pregam doutrinas mais subversivas que as de Lutero, misturando Ateísmo, Agnosticismo, Humanismo pagão, Naturalismo, Socialismo, Comunismo e Liberalismo. E têm Seminários às dezenas, centenas de “seminaristas”, formam novos “sacerdotes católicos”. E se gabam de milhares de “irmãos” em Roma. E falam para dezenas e dezenas de “bispos” da “nova igreja”, em Roma, Viena, São Domingos... E gastam dezenas de milhões de dólares em Frascati, na Palestina, com hotéis e restaurantes de luxo: “Somos uma potência; temos a predileção do papa”. As doutrinas da Revolução, de Lutero, de Marx, dos hereges e ateus, com o Democratismo estão no seu ideário. “Atribuem ao papa suas doutrinas e falam em nome dele”. Os falsos “tradicionalistas” também buscam expandir suas falsidades. Agora a “missa nova” agora “é igual” à da Tradição na perversão deles.

Conclusão certa
Os fatos concretos mostram a defecção pública na Fé. Demonstram portanto que, por tal causa, a Sede de Pedro, por Direito divino e da Igreja, está vacante. Demonstram mais que a “nova igreja” é uma seita, a pior de toda a História da Igreja. Que seus bispos são nulos. Que suas Missas e Sacramentos são nulos e pecaminosos. Se algum padre antigo ainda tem “ordens válidas” na “nova igreja”, recebidas antes da heresia e da perversão total da “acomodação” dos ritos ao “novo tempo” (Missale Romano); a ligação deles com tal seita pervertida, se consciente e consentida, é pecaminosa. Celebrando “una cum” com os heréticos – falsos papas e falsos bispos – com os “católicos reformados”, com as novas “seitas católicas”, pecam. E levam os fiéis simples à perversão da fé. Estão visivelmente fora da “única verdadeira religião”, de “forma única” de um só critério universal de verdade, sem o Relativismo do “critério próprio livre” (11.2) de cada um. A “nova Igreja” tolera todas as formas livres de falsas religiões: menos a única verdadeira; menos a de “fé universal comum a todos” (D.S. 639), a de todos os tempos, a de clérigos e de leigos, a dos papas e não papas. O único Deus verdadeiro, do “sistema uniforme” da verdade absoluta foi expulso da Terra pelo “sistema arbitrário”, não uniforme, onde, “cada um ordena-se a si mesmo por sentença do seu próprio espírito” (3.10). O “culto do homem”, o “novo humanismo” não expulsou da Terra só à pessoa humana dos verdadeiros papas. Mais do que isso. Expulsou ao verdadeiro Deus: “Não foi a ti que eles rejeitaram, mas a Mim, para que Eu não reine sobre eles” (1 Sam. 8,7). A “nova igreja” não é a Igreja Católica; não tem identidade de credo com ela, é “a outra”. “Se alguém disser que pode ocorrer que, alguma vez, segundo o progresso da ciência, deva ser atribuído um outro sentido aos dogmas propostos pela Igreja, diverso daquele que a Igreja entendeu e que ela entende, seja anátema” (D.S. 3043). O papa não tem a assistência de Deus para pregar “doutrina nova” (D.S. 3070): “novo humanismo”, do “novo tempo”, da “nova ordem dos séculos”.

Por lei divina e católica, pelas Escrituras e pelo Magistério da Igreja, pelo Direito Canônico e Santos Padres, por Santo Tomás e grandes teólogos, por “lei definida” da Igreja, todo papa e bispo incidente, publicamente, em heresia, separou-se “ipso facto” da Igreja e do seu cargo da Sede de Pedro, deixou vacante a Sede de Pedro, sem qualquer outro ato dos outros fiéis que têm o dever de separar-se dele, de “evitá-lo”, de “tratá-lo como um pagão”, de buscar forças temporais para retirá-lo dos templos católicos, de eleger um fiel para extinguir a vacância. Quem defender a “validade” do seu poder está fora da Igreja junto com ele. Não será fiel a Deus, mas ao inimigo de Deus, ao seguidor de Satã. Quem estudar o Vaticano II terá a certeza da vacância da Sede de Pedro.

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