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II - Testemunhos cruciais na atual Paixão da Igreja


Por Arai Daniele


A presente Paixão da Igreja é bem diversa da inicial dos primeiros cristãos.

Pelo menos desde há dois séculos as forças que queriam destruí-la, e viram que isto era impossível, passaram ao plano alternativo: ocupá-la para depois transformá-la segundo as tendências liberais, maçônicas e judaizantes da política mundial moldada pela Revolução.

Hoje não há mais segredo sobre o que liga as idéias do modernismo com os planos maçônicos. Trata-se de um mega neoecumenismo capaz de abraçar não só as mais diferentes religiões, como a judaica, mas as mais obscuras ideologias, como a de uma nova ordem mundial. O plano da URI o desvela.

Ora, compreende-se que este programa representava uma última manobra de tal sabor dialético, que só poderia proceder de um "novo poder" na Igreja.

Eis que o principal plano maçônico nesse sentido era o de eleger essa "nova" autoridade para assumir o comando da Sé de Pedro. Tramava-se, pois para obter um poder papal segundo o desejo dos maçons.

Um bom número de documentos o atesta, descrevendo mesmo tal plano. Aqui vamos citar em especial uma descrição que provem de um consagrado apóstata, o Cônego Roca, onde se planeja um papa ao serviço de um compromisso religioso total, que avançaria por etapas de aspecto clerical.

Alguns indícios levam a pensar que a primeira tentativa desse plano se deu no Conclave que não elegeu o grande papabile, que foi o cardeal Rampolla "em odor de loja". Do fracasso da atuação desse plano agora só nos deve interessar que a trama redundou na intervenção da Providência divina que obteve para a Igreja a eleição de um papa santo, São Pio X.

Vejamos então a almejada transformação liberal da Santa Sé, sobre a qual há documentos, segundo o plano das lojas maçônicas que era nada mais nada menos que a eleição de um futuro papa, que convocaria um futuro concílio (segundo os seus planos). Já na época do centenário da Revolução francesa de 1789 estes planos podiam ser publicados sem problemas.

Vejamos o plano de mutação da Igreja do Cônego Roca, clérigo apóstata:

"O Concílio do Vaticano (novo), como Cristo que revelou aos seus irmãos um novo ensinamento, não deverá guiar a Cristandade, nem o mundo, na plenitude de outras direções senão aquelas seguidas pelos povos sob a secreta inspiração do Espírito, simplesmente para confirmá-los no modo de vida moderno, cujos princípios evangélicos, idéias e obras essencialmente cristãs, tornam-se, sem que eles o percebam, os princípios, idéias e obras das nações regeneradas antes que Roma cogitasse em preconizá-las. O Pontífice contentar-se-á de confirmar e glorificar a obra do Espírito de Cristo no setor público, e, graças ao privilégio de sua infalibilidade pontifical, declarará - urbi et orbi - que a civilização presente é a filha legítima do Santo Evangelho e da redenção social (Glorieux Centenaire, p.111)."

O grande complô do qual falamos não foi nunca produto da imaginação de complotistas, mas num outro trecho dessa publicação fala até de como deviam operar sorrateiramente nos seminários católicos. Ora, quando se considera que ele diz respeito à liquidação do Cristianismo, e nisto são empregados poderes civis e religiosos mundiais, governantes do mundo junto a grandes prelados, então se deve reconhecer que a descristianização global demonstra que o complô é uma tremenda realidade apocalíptica, embora se realize na indiferença geral. Os seus chefes são nomeados, eleitos e consagrados até como simulacros papais, sem reações adversas dos povos.

Uma nova pedagogia vai subverter o culto, a vida e a história cristã.

Ora, a Religião revelada é primariamente História Sagrada. Da Gênesis ao Apocalipse são descritos os desígnios divinos que concernem o ser humano e as etapas daquela perene luta do mal contra o bem que se manifesta na história, com resultados segundo os homens acolham ou recusem a Ordem divina. Portanto, mutilar a história de seu aspecto sobrenatural não significa só privá-la de sentido, mas abolir a própria Religião, e com ela o respeito da razão na sociedade e do fim último do ser humano, que é o culto a Deus.

A verdadeira guerra do mundo se resume nisto: a Cristandade para sobreviver deve preservar a presença do sobrenatural no Santo Sacrifício da Missa, enquanto que a Revolução para abatê-la procura com todos os meios substituí-lo com um novo culto aberto a uma gnose ecumenista naturalista.

Ora, é fato acertado que uma "cria" dessa secreta revolução modernista, aberta ao naturalismo e ao ecumenismo maçônico e judaizante, foi eleito papa. Trata-se de Ângelo Roncalli cujas idéias modernistas transpareceram já como seminarista, como relata seu amigo modernista, o senador Giulio Andreotti em seu livro «I quattro del Gesù. Storia di un'eresia» (Rizzoli, 1999). Ângelo Roncalli, Giulio Belvederi, tio da mulher de Andreotti, Alfonso Manaresi e Ernesto Buonaiuti eram os quatro seminaristas amigos, que comungavam na mesma visão modernista da religião. Os últimos dois avançaram tanto nessas idéias heréticas que foram, o Manaresi censurado e o Buonaiuti excomungado, abandonando o sacerdócio. Belvederi e Roncalli se salvaram em tempo graças a seus protetores, no caso de Roncalli pelo bispo de Bérgamo, Giacomo Radini Tedeschi, in odor de modernismo.Outro companheiro de Roncalli em Bérgamo foi Nicola Turchi, tradutor do historiador Duchesne em italiano, ambos também censurados porque eram professores de uma história naturalista que censurava todo o sobrenatural, o método que põe em dúvida até a existência de Jesus histórico. Eles ainda não haviam levantado tal dúvida, mas para esse método isso era inevitável.

Por causa dessa mentalidade Roncalli foi afastado do ensino de história e isto ficou registrado, assim como suas diversas amizades maçônicas. Será que estas não ajudaram a carreira de um clérigo de baixo valor intelectual?

Porque se pode dizer acertado o fato que ele era "cria" da secreta revolução modernista, que abriria ao ecumenismo maçônico e judaizante? Porque uma vez eleito papa, convocou para isto um grande "concílio ecumênico", mas só pastoral, cujos frutos nefastos demonstram o plano dessa abertura, que seguiu justamente a direção de suas amizades, até no campo litúrgico.

Pode-se dizer que alguns prelados mais esclarecidos, como Dom Proença Sigaud, compreenderam logo que a Revolução encontrava as portas abertas no Vaticano, como se pode entender pelo seu lúcido relatório de então.

De fato, durante o Vaticano II, a reação criada pelo "Coetus Internationalis Patrum", que ele reunira, conseguiu obstar o avanço dessa revolução no campo litúrgico e doutrinal. Mas em Roma, depois de João XXIII, Paulo VI era favorável aos inovadores como ele (Le Rhin se jette dans le Tibre, Le Concile inconnu), e com isto a revolução avançou a todo vapor.

É fato histórico que concluído o Vaticano II, com a devastação doutrinal esboçada, o novo alvo foi especialmente o rito do Santo Sacrifício redentor.

Essa reforma litúrgica foi adiada para reaparecer depois com a "missa de Paulo VI", cuja definição protestante causou escândalo.

Foi então que boa parte da reação católica aos enganos do Vaticano II, que até o fim resistiu às insídias modernistas na Doutrina, comprendeu que era pia ilusão apelar-se à intervenção papal para evitar a insídia de uma revolução litúrgica, pois era justamente a "missa de Paulo VI" o engano consumado.

A esse ponto diversos prelados passaram a reagir junto a grupos de leigos para preservar a Santa Missa de sempre. Foi a reação crucial, que hoje motiva um "Coetus Fidelium" à distância de mais de quatro décadas, não só para repetir as objeções católicas sobre o Novus Ordo, mas para concluir que tais desvios derivam de um plano realizado pela ausência da autoridade papal.

A convulsão teve assim aspectos lacerantes para a alma do sacerdote católico, que se sentiu profundamente ferida na sua mais alta missão.

Mas também havia o aspecto do abandono político da Cristandade.

O Cardeal Mindszenty acusou a ruinosa política conciliar de Paulo VI em várias ocasiões, como está registrado nas suas ‘Memórias’.

Também o Cardeal Slipy, contrário a tal ‘aggiornamento’ ecumenista, decidiu consagrar dois bispos em Roma, sem a anuência do Vaticano.

Ainda na Itália o Arcebispo Arrigo Pintonello fez ouvir a sua voz de protesto. O mesmo fez na Alemanha o bispo Kurz, junto a tantos outros. Todos, porém, não conseguiram obter algum resultado.

Uma vez que se reconhecia o autor da demolição conciliar como legítimo papa, essa resistência só podia ficar reduzida a pequenos grupos, dos quais, porém, alguns não viam outra saída senão apelar-se a Paulo VI. Este, de tanto em tanto, declarava ver a autodemolição da Igreja, onde a fumaça de Satã havia penetrado, mas sem que nenhuma providência fosse tomada para descontinuar a avassaladora ruína que prosseguia infrene.

Diante dessa contradição alucinante, reações sacerdotais se multiplicaram no mundo, mas foram sendo sistematicamente isoladas através de soluções drásticas. O Jesuíta mexicano, Dr. Joaquin Saenz y Arriaga (autor da "Nova Igreja Montiniana", "Scisma ou Fé, etc.) e em seguida o teólogo Guérard des Lauriers, foram ‘excomungados’, enquanto outros, como os Padres de Nantes, Coache, Barbara, Bellucco, para mencionar os mais ativos, foram suspensos ou ‘desqualificados’, sem processo. Outros, como don Francesco Putti, Padre Vinson, Padre Baker, don Luigi Villa, e outros poucos, visto o apóio de que dispunham da parte, ou de cardeais silenciosos ou dos fieis, ou de grande número de leitores, foram simplesmente ignorados e isolados.

A resistência falhada de um livro que surgiu no Brasil

Recordamos antes a importante reação de prelados e de leigos antes e durante o Vaticano, que hoje parece inteiramente esquecida.

Agora há que falar do segundo livro crucial nessa hora de paixão da Igreja. Trata-se de um longo trabalho que testemunha a dúvida verdadeira, o nó crucial daquele momento: Diante dessa nova missa pode-se questionar a posição da autoridade? Pode o Papa cair em heresia?

Esse trabalho foi distribuído por todos os bispos brasileiros e enviado ao Vaticano para Paulo VI. Depois foi traduzido em francês com o título «La Nouvelle Messe de Paul VI: Qu’en penser?», Diffusion de la Pensée Française, Vouillé, 1975. Seu autor é o advogado Arnaldo Vidigal Xavier da Silveira, que então era membro da TFP, mas o livro foi escrito junto com Bispo Antonio de Castro Mayer, que me confirmou ser o trabalho «redigido a quatro mãos». Há diversas questões ligadas a esse importante livro.

- A sua enorme oportunidade para aquele momento de paixão da Igreja.

- O original em português, enviado para os bispos brasileiros e também para o Vaticano (que me foi oferecido por Dom Mayer), a questão sobre a possibilidade do papa cair em heresia precede aquela sobre a Missa.

- Os autores passaram a receber pressões para não publicarem o trabalho em troca da tolerância assegurada pelo Card. Scherer, tanto para as iniciativas da TFP, como para preservar a Missa de S. Pio V na Diocese de Campos.

- O trabalho, embora muito oportuno, parte da premissa falsa que a Lei da Igreja é falha sobre a questão do papa herético e ignora a Bula de Paulo IV.

Tendo tratado repetidas vezes desse argumento e da discussão sobre a Bula, devo afirmar que é histórica a aversão contra esse documento infalível da Igreja. Isto se repetiu até com autores do peso de São Roberto Bellarmino.

De modo que não surpreende a posição de autores como Suarez, Matthæucci, Pighi, Bouix, Billot, que endossaram a idéia que a lei para assegurar na Igreja a legítima autoridade ainda devia ser estudada. Por isto, ainda hoje se discute a questão, como se houvesse um vazio no magistério infalível e na lei e da Igreja para assegurar a autoridade que representa Deus na terra.

Bem fez o Dr. Homero Johas em aprofundar a questão que, tanto é vital e decisiva, quanto esquecida na Igreja militante numa hora crucial como esta.

A autoridade existe para conter nos limites do bem a liberdade humana, como ensinaram sempre os Papas. E visto que em qualquer campo o termo correlativo à liberdade é autoridade, que dizer se do âmbito superior da autoridade religiosa, do papa - autoridade que representa Deus -, procede uma voz que declara o direito à liberdade religiosa diante de Deus mesmo, diante da Verdade revelada?

Não bastaria isto para pelo menos duvidar que essa voz tenha algo em comum com a continuidade da autoridade apostólica de representação divina?Pois foi isto que ocorreu com o Vaticano II e sua declaração "Dignitatis humanae", que proclama o direito humano de toda escolha religiosa.

Aqui é bom lembrar que a causa primária do "Mistério da iniqüidade" não são os inimigos da Fé, que sempre operaram para a sua liquidação, mas a demolição interna de suas defesas com a apostasia geral dos prelados e após dos fiéis.

A defesa que provém da Fé, depende de sua preservação através dos recursos de que foi dotada a Igreja católica. Para isto existe a Lei canônica e o seu Código.

Foi antes lembrado que não faltou uma tomada de posição diante do engano modernista e judaizante da Igreja, mas que esta se dissolveu diante de um engano maior: o dever de obedecer à falsa autoridade "apostólica", mas reformista!

E isto apesar de ter ficado claro nos anos que seguiram o Vaticano II, que o tal libelo de acusação de 1965 era fundado pois se tornara evidente que só através um supremo poder desviado e um conciliábulo auto proclamado ecumênico teria sido possível programar reformas profundamente anti-evangélicas que levariam os filhos da Igreja à contradição ecumenista total e letal da hora presente, que se demonstra de novo promovida por Bento XVI*.

Pois bem, agora é clara a ligação do primeiro crucial testemunho contra a proclamação da "Nostra aetate" e o que seguiu na obra ecumenista dos papas conciliares. Das viagens de Paulo VI e João Paulo II à cerimônia da oração pela paz das grandes religiões em Assis, até o abraço ecumenista com o judaísmo do milenarismo sionista de Bento XVI, o elo é patente. Consiste na releitura do Evangelho à luz de uma Antiga Aliança que não foi, segundo os judeus, superada pela Aliança em Cristo.

Se assim fosse Seu Sacrifício seria inútil para o antigo Povo eleito, como hoje os rabinos proclamam até em Roma e nas barbas dos bispos que se dizem católicos.

Na hora presente, não só a voz do Pastor foi silenciada, come a do Papa com seu séquito da visão do Segredo de Fátima, mas soa outra que convida a uma reconciliação "teológica" da Fé de Cristo com aquela que O nega. Tal propósito de incrível reconciliação, não entre pessoas ou povos, mas entre religiões, revela tramas inauditas para os católicos, a respeito dessas "autoridades".

Porque é de Fé que quem repele Jesus Cristo e o Seu Batismo se perde, e esta reconciliação excluindo conversão implica que deste imperativo se excluem os judeus. Por isto quem a promove demonstra: ou de não professar a fé católica, ou de não ter a esperança católica de que todos se podem converter, ou de não se importar da conversão dos judeus, deixando que se percam, e então não tem a caridade católica. Se apesar disso ocupa um alto cargo ordenado justamente à confirmação universal destas virtudes suscitadas por Deus para a conversão a Cristo, mas opera de modo que se ignore essa responsabilidade da alma para salvar-se, então se comporta como inimigo de todos os homens, dos cristãos como dos judeus, servindo a obra letal do Anticristo. A atual alienação da autoridade "católica" indica essa situação terminal.


*A ORU benzida por Bento XVI
Depois de ter visto que o plano maçônico almeja uma ORU, Organização das Religiões Unidas, que sob o nome público de URI foi benta por João Paulo II, vejamos a continuidade dessa mega iniciativa "ecumenista" sob o cardeal Ratzinger e agora sob Bento XVI, quando se reforça com novas propostas.

Ora, "é notório que desde 1999 ele participou «Foundation for "Inter-religious and Intercultural Research and dialogue"», da qual faziam parte, alguns rabinos, um príncipe da Jordânia, um luterano e também... Neil Bush, chefe da CIA e atual patrão da Carlyle. Trata-se de uma das tantas operações da intelligence USA para influenciar, tornando favoráveis às políticas americanas, prelados e outras personalidades influentes, e Neil Bush participou a diversas destas operações. Hoje pode-se deduzir que Ratzinger adere com deliberada convicção à esta ordem de idéias e demonstra sua clara simpatia, o seu encorajamento através das missas que celebrou para um movimento católico alemão, «Katholische Integrierte Gemeinde», em português «Comunidade Católica de Integração» (CCI). E’ o movimento fundado pela senhora Traudl Weiss, que em 1945 ficou traumatizada pela visão dos sobreviventes de Dachau. A Weiss reuniu fieis em torno da idéia que «o que havia acontecido em Auschwitz exigia da Igreja uma conversão às suas raízes hebraicas»; pela qual «os cristãos compreendessem a própria co-responsabilidade no Holocausto, e que esta consistisse no próprio estranhamento teológico do Antigo Testamento».
No testo de apresentação do CCI (4) se lê, por exemplo que «Pensadores hebreus, como Elie Wiesel, indicaram Auschwitz não como fim do hebraísmo mas como fim do cristianismo.

Tais discursos "proféticos", deduzidos da história contemporânea, seriam ligadas às palavras dos profetas bíblicos e lembram à Comunidade o encargo permanente da crítica à religião, também ao interno da Igreja Católica».

Trata-se, portanto de construir integralmente o Reino de Deus em terra.

Disto decorre o encontro com o hebraísmo sionista: de fato, segundo a CCI, «Israel aceita com paixão o mundo como dom de Deus. Israel sabe que se não submetesse o seu mundo exterior, e portanto a sociedade ao Reino de Deus [em terra], a sua fé seria coibida e fora da realidade».

Pode-se ler neste conceito o motivo pelo qual os hebreus mataram Jesus como blasfemo: porque acreditavam que a Aliança que tinham com Deus contemplasse esse «dom» divino do mundo, para que os hebreus «o submetessem», como fazem presentemente na Palestina e não só, com a conhecida lobby, sem exclusão da astucia, a violência e o engano.

Assim «em suas viagens à Israel os membros da Comunidade estreitam relações de colaboração e amizade com a rede de kibbutzim», o que significa com os Gush Emunim (uma entidade à qual adere 50% da população israelita), cujo lema è: «A integralidade da terra para a integralidade do hebraísmo».

A religião hebraica almeja de fato ao integral domínio terreno. Após o matrimonio da Weiss com um rico advogado, Herbert Walbrechter, a CCI iniciou essa santificação do projeto terreno comprando firmas falidas, fábricas, um banco, hospitais. Isto para expandir tal fé «granjeando para esta todos os setores deste mundo». Tal objetivo econômico não se assemelha àquele do protestantismo calvinista e ao seu «espírito do capitalismo», que vê no sucesso econômico uma prova da predileção divina para com os homens de sucesso terreno? «O domínio econômico da CCI é, escreve o escritor Valente (30 dias), «a Torah que realiza o projeto colossal de submeter toda vida ao reino de Deus» (também os bancos e a Wall Street?). Naturalmente, isto concorda perfeitamente com o "dogma" da «permanente eleição de Israel da parte de Deus».

Mas este especial filo-sionismo milenarista não é ainda pior que o dos «cristãos renascidos», protestantes americanos que almejam favorecer Israel apoiando suas conquistas anti árabes, com a esperança de «acelerar o segundo Advento» de Cristo, e assim a conversão final dos hebreus.

Ao contrário, os católicos alemães amigos de Ratzinger, apóiam os sionistas ocupantes das terras palestinas, enquanto emissários do cumprimento do hebraísmo com a «verdadeira religião»; justamente aquela condenada por Jesus Cristo: «Para que te serve conquistar o mundo, se depois perdes tua alma?».

Em todo caso tudo isto foi lembrado aqui para que se saiba que foi o monsenhor Ratzinger, como bispo de Mônaco da Baviera, a aprovar os estatutos da CCI, e que deste então «é hospede de honra nas suas reuniões» e isto apesar da hostilidade provinda de amplos setores da igreja alemã, sobre as publicações dessa Comunidade, onde aparecem fotos e intervenções de Ratzinger. (Valente, página 165).

Que não fará ele hoje ocupando a Sede de Pedro e indo visitar Israel?

Já isto revela como o complot, que estava bem delineado há várias décadas, avançou dentro da Igreja ao ponto de ver proclamado em seu nome a exigência que de uma sua conversão às raízes hebraicas» pela qual «os cristãos compreendessem a co-responsabilidade própria no Holocausto, resultante de seu estranhamento à Aliança do Antigo Testamento para a edificação do Reino de Deus em terra, crença esta em contraste abissal com o Evangelho de Jesus Cristo.

Hoje vivemos o momento histórico em que a idéia que compete à Religião cristã converter-se às terrenas raízes hebraicas, provem da mente de quem aparece como representante de Cristo!

A recusa de Jesus Cristo Salvador justificada por quem diz representá-Lo.

Não indica isto que a mentalidade do Anticristo dominou a Sede do Vaticano, para a perdição do mundo?

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