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Ratzinger entra pela segunda vez em uma Mesquita



Bento XVI entrou, pela segunda vez, em uma mesquita. Agora, no meio dia de sábado, 9 de maio de 2009, o ocorrido se deu na Mesquita "Rey Hussein Bin Talal", de Ammán, erigida pelo Rei Abdalá II em memória de seu pai, falecido em fevereiro de 1999, e inaugurada em 2006.


Dois anos e meio atrás, Bento XVI entrava na Mesquita azul de Istambul.


O príncipe Ghazi acompanhou a Bento XVI em sua visita à Mesquita - onde ambos tiveram um "momento de recolhimento".


Quem presidiu as saudações de recebimento a Bento XVI foi o príncipe Ghazi Bin Muhammad Bin Talal, de 42 anos, primo do atual rei da Jordania, Abdulla II, filho do falecido rei Hussein, a quem está dedicada a Mesquita.


Disse o príncipe:
"...É quase supérfluo dizer que, entre outros, o profeta Maomé - a quem os muçulmanos amam, emulam e conhecem como realidade viva e presença espiritual - é completa e inteiramente diferente de como se descreve historicamente no ocidente a partir de São João Damasceno. Estes retratos distorcidos, feitos por quem não conhece nem a língua árabe nem o Sagrado Corão, sem compreender os contextos históricos e culturais de vida do Profeta e, em conseqüência, mal entendendo e interpretando mal os motivos e as intenções espirituais que implicam em muitas de suas ações e palavras, são lamentavelmente responsáveis por tanta tensão histórica e cultural entre cristãos e muçulmanos."


Palavras de Bento XVI:
"...Lugares de culto, como esta esplêndida Mesquita de Al-Hussein Bin Talal, assim nomeada em homenagem do venerado rei falecido, se levantam como jóias ao largo da superfície da terra. Desde o antigo ao moderno, desde o esplêndido ao humilde, todos eles remetem ao divino (as mesquitas remetem ao divino?), ao Único Transcedente, ao Todo Poderoso. (???) E através dos séculos estes santuários tem atraído a homens e mulheres ao interior de seu espaço sagrado para fazer uma pausa, para orar e constatar a presença do Todo Poderoso (???), e para reconhecer que todos somos suas criaturas."


"...O desafio de cultivar para o bem, no contexto da fé (qual fé? a muçulmana?) e da verdade, o grande potencial da razão humana.(...) Como crentes no único Deus (Alá?) - disse - sabemos que a razão humana é em si mesma um dom de Deus (???) e se eleva ao plano mais alto quando é iluminada pela luz da verdade de Deus (???). Na realidade, quando a razão humana consente humildemente em ser purificada pela fé não se debilita; ao contrário, ao resistir à presunção de ir além dos próprios limites, a razão humana se reforça no empenho de perseguir seu nobre objetivo de servir à humanidade."


"...Portanto - aludiu -, a adesão genuina à religião (qual?), longe de limitar nossas mentes, amplia os horizontes da compreensão humana. Isto protege a sociedade civil dos excessos de um ego ingovernável, que tende a absolutizar o finito e a eclipsar o infinito; desta maneira, assegura que a liberdade se exerça em consonância com a verdade (a verdade do Corão?) e enriquece a cultura com o conhecimento do que concerne a tudo o que é verdadeiro, bom e belo..."

Pensamos que não são necessários maiores comentários, nem detalhes.

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