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A “nova consciência conciliar”: adulta ou adulterina?


Por Arai Daniele

Para o pensamento católico, mas também para toda cultura tradicional, o homem não conhecendo por si mesmo o princípio e o fim da sua vida, e portanto o seu verdadeiro bem, não pode estabelecer leis sociais sem recorrer a um código de normas vitais que o precede e supera. Mas a tentação humana primordial é de fazê-lo para atingir uma maturidade que o tornaria autônomo e lhe daria o poder de tornar-se legislador como Deus.


Nisto se resume, de um lado o curso da rebelião histórica do ser humano: a Revolução por excelência, do outro a missão da Religião salvadora: o Cristianismo. Devido ao princípio lógico de identidade e não contradição, estes dois cursos são inconciliáveis e não pode haver nenhum outro curso intermédio.



No entanto este compromisso delirante será tentado nestes nossos tempos desvairados, em nome do amor e da humildade, justamente no âmbito católico. Isto há que esclarecer, pois foi perpetrado na fumaça conciliarista do Vaticano II.



A matriz desse plano é claramente modernista pois seguia a idéia de conciliar a ‘Lei eterna’ com as ‘necessidades dos tempos’; eis a revisão religiosa operada pelos chefes conciliares que, na confusão de dois espíritos opostos incorreram (em boa ou má fé?), num tombo teológico. Não é difícil explicar esse desastre seguindo um simples catecismo.



Difícil é que o homem moderno queira entender como perigo a liberdade que lhe parece um direito apetitoso.



Neste sentido operou o Vaticano II renovando, sempre de novo, a tentação da maçã proibida.

A idéia de centro e a noção de responsabilidade - Um centro implica um vínculo em torno do qual se pode girar com liberdade, mas não com autonomia. Responsabilidade implica a resposta consciente e voluntária a uma ordem superior. Na ordem moral a resposta deve ser conforme aos vínculos objetivos das normas morais, que se deve conhecer e querer respeitar.



Na ordem jurídica, depende do entendimento ético-jurídico e da determinação volitiva de conformar a este os próprios atos.



A responsabilidade representa portanto uma liberdade ordenada, isto é, uma reta resposta ao centro que representa a ordem superior: do seu sujeito para o seu objeto.



A responsabilidade humana deve ser relacionada com o centro do qual depende na ordem natural, do Ser. Mas sendo uma resposta depende da consciência da própria situação e liberdade e portanto do entendimento e da vontade em relação ao fim dos próprios atos. Nestas condições pode-se dizer que a responsabilidade é definida por um vínculo e uma liberdade, que se exprime na frase: eu quero o que devo; devo aceitar a condição natural, o centro ao qual sou vinculado; quero responder a este dentro da ordem dos fins que reconheço ser o bem meu e universal.



A Igreja propõe como exemplo dessa resposta os Santos. Entre estes, na era moderna, a jovem Santa Teresinha do Menino Jesus, que se tornou padroeira das missões sem sair do seu Carmelo, ao oferecer todo seu sacrifício a Deus. Extraordinário é o caso de Fátima, onde Nossa Senhora, após ter mostrado o Inferno a três pastorinhos de 7, 8 e 10 anos, dizendo que aquelas almas terminaram assim porque ninguém suplicara por elas, obteve a responsabilização comovente daquelas crianças, que passaram a oferecer qualquer sacrifício pela salvação dos pecadores, e a admirável Jacinta morreu com dez anos, só, num hospital de Lisboa, oferecendo a vida nessa universal comunhão de almas que é a Igreja. Sempre foi esse o modo de responder ao chamado de Deus de todos os Santos, prontos a sacrificar-se por almas distantes, não segundo a filantropia dos direitos humanos, mas na contemplação do divino Crucificado.

A responsabilidade humana deve ter presente a carência do homem na sua natureza decaída e sofredora.



Poderia haver uma verdadeira responsabilização em questões artificiosas e irreais? Poderia ela não custar empenho e sacrifícios. Eis que este aspecto da realidade humana entra pela senda, a um tempo natural e misteriosa da vida, que é a dor. Ela não pode ser superada neste mundo, mas pode servir ao bem. Pode ser grande motivadora e reguladora da responsabilidade humana. Muitas vezes é ela que faz voltar a consciência à realidade, despertando também o amor e a compaixão. Mas faz parte dessa natureza humana que o pensamento artificial quer abolir. A utopia no mais das vezes tem horror à natureza que inclui a dor; almeja a uma felicidade por decreto.

A ruptura da responsabilidade se realiza, seja pela não aceitação de ser si mesmo centrado no Bem, seja na recusa de responder ao centro do qual se pretende autonomia; uma auto-eleição do próprio centro, como se nossa vida não seguisse uma norma predeterminada a um fim. Como se o homem pudesse responder a si mesmo ou a seus iguais: ser auto centrado sem sair do equilíbrio universal. Mas é o que pretende o ateísmo, e no campo religioso o modernismo, espécie de ‘agnosticismo cristão’, como explicou São Pio X. Rompido então esse elo, o homem, que não pode ter outro centro que Deus, nem viver à revelia da sua liberdade ordenada ao seu fim, perde sua chave e a sociedade perde um membro consciente da sua responsabilidade para com o bem geral, que nenhum coletivo humanitário sabe definir a longo termo.



Esta ruptura na natural responsabilização da consciência pessoal acaba por servir a um controle remoto das consciências sob a guia de um grande irmão. Isto porque o homem mutilado na integridade da sua consciência pode ser reduzido a objeto de um poder oculto, de uma mente que, em nome da liberdade e dignidade humana, vai substituir à consciência pessoal por uma consciência coletiva; um utopismo que na verdade propicia um poder tirânico.



Ora, uma idéia religiosa antropocêntrica, que leva à perda do centro em Deus, é a alienação espiritual que servirá de matriz para tal tirania política à espreita, que derivou da alienação religiosa infiltrada na Igreja Católica.

O Espírito do Cristianismo conduz a sociedade no sentido do Logos, Jesus Cristo. A sua ética se funda na liberdade vinculada à responsabilidade da pessoa humana diante de Deus. Poderia esta sociedade reconciliar-se com o espírito que nega o Verbo divino? É um fato histórico que na certeza dos princípios e da ordem decorrentes da Lei divina a insuperável Civilização cristã floresceu no passado e estendeu-se pela terra. Isso era insuportável para o inimigo de Deus e dos homens.



Por isto sussurrou sempre na sociedade cristã a rebelião mental e religiosa, especialmente através do anti-cristianismo judaico, que foi matriz de crises contínuas.

A crise da consciência medieval, que surgiu com o humanismo que prefere a forma ao espírito, a arte ao mistério, o pedagogo ao sacerdote, alimentou a religiosidade criativa em que iria inserir-se a revolução de Lutero e outros.



“O que determina toda essa concepção luterana é a súbita erupção de um ‘sopro’ no campo semântico, destinatário da história universal. Por isto o Priester (sacerdote) é o Amtmann (funcionário) do Sopro Sagrado, não de um rito mistérico, mas suscitado por Ele ao serviço da palavra bíblica, germânica; por isto sua dimensão transformadora deve começar na infância, e dai a preocupação do heresiarca nas perspectivas pedagógicas, deduzidas na realidade de sua eclesiologia” (C. Disandro, Lutero y su Coyuntura Semantica, Ed. Hosteria Volante, La Plata, 1990).

Lutero detestava e perseguiu os judeus, assim como Hitler nos nossos tempos, mas as religiões destes iriam, cedo ou tarde, servir para perseguir os cristãos.



A revisão do Cristianismo, que tornou-se guerra com Lutero e revolução devastadora nos séculos seguintes com maçons e marxistas, só conseguiu atingir o seu objetivo nos miasmas de uma revolução conciliar que obscureceu a basilar contraposição entre o Cristianismo e o mundo. É o ‘revisionismo’ do Vaticano II. Veremos que este processo que precisou de três séculos para contaminar o Ocidente, com três anos de Vaticano II contaminou as consciências em toda a Terra. Trata-se de um novo modelo de comportamento liberal posto nas consciências. Ou, se quisermos, da idéia do ‘homem novo’ para os novos tempos, humanamente concebida. As revoluções precisaram até nisto seqüestrar o termo do Evangelho (Ef 2,14; 4.22) para fabricar nos seus ‘centros de pensamento’ o modelo de cidadão a impor ao mundo.



Seguiu a grande mudança histórica que seguiu a introdução de uma ‘nova consciência’ por esses ‘novos pedagogos’ que foram antes os enciclopedistas e nos nossos tempos os escribas conciliaristas. O resultado dos primeiros, vivemos até hoje com uma agravante: conseguiu penetrar até na Igreja onde, com o Luterano II, teve o seu 1789 e o seu 1917 projetado nos anos 2000.

A autoridade papal foi conferida para confirmar o vínculo cristão que aperfeiçoa aquele natural e do Decálogo. O Senhor instituiu a sua Igreja e ordenou a seus Apóstolos: ‘Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. O que crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado’ (Mc 16, 15-16). O princípio da Religião, e portanto da Igreja e da sua autoridade, é pregar o ‘crer’ na norma da consciência aperfeiçoada por Jesus Cristo. Uma ‘crença’ que apenas admitisse uma norma de consciência independente de Deus seria uma contrafação, seria um ateísmo de aspecto religioso. E, visto que o caminho para chegar à primeira Norma da consciência é crer numa norma, a liberdade de negar a existência e a universalidade da norma de consciência é um pluralismo liberticida em oposição a toda idéia religiosa ou moral; é contra Deus mesmo. Eis que o liberalismo modernista, justificando o direito à liberdade de não crer, suscita nas consciências a ruptura do vínculo vital entre a vontade e a liberdade, entre a liberdade e a lei, entre o homem e Deus. Estas idéias, como veremos, vão além de todo protestantismo. O modernismo quer, como ensinou S. Pio X, a consciência como Evangelho

O repúdio revolucionário da autoridade - Bento XV (Anno jam exeunte, 7/3/I917): "Desde os primeiros três séculos das origens da Igreja, no curso dos quais o sangue dos cristãos fecundou a terra, pode-se dizer que jamais a Igreja correu um tal perigo como o que se manifestou no fim do século XVIII. Foi então que a ação de uma filosofia delirante, fruto da heresia e apostasia de inovadores, ganhou sobre os espíritos um poder universal de sedição e provocou uma revolução total cujo determinado objetivo era de arruinar os fundamentos cristãos da sociedade, não só na França, mas, pouco a pouco, em todas as nações. Assim, publicamente rejeitada a autoridade da Igreja, e tendo cessado de ter a religião como guardiã e salvaguarda do direito, do dever e da ordem na sociedade, ensinou-se que o poder tem origem no povo e não em Deus; que todos os homens são iguais por natureza e por direito; que a cada um é lícito o que lhe agrada, se não é expressamente proibido pela lei; que nada tem força de lei, se não é comandado pela multidão; e, o que é mais grave, que se pode pensar e publicar, em matéria de religião, tudo o que se quer, sob o pretexto que isto não causa dano a ninguém. Tais são os elementos que, com aparência de princípios, são deste então a base da teoria dos Estados. [Eis que]: “Não houve nada de bastante santo e augusto que, em nome da liberdade e da justiça, da qual se manifestava uma desenfreada licença, não tivesse sido profanado por todo o lado”.




Indicamos até aqui o cerne do pensamento cristão e daquele que se lhe opõe para ter uma chave de leitura para o Vaticano II.



Já se viu que se trata do imanentismo modernista, proveniente das filosofias naturalista, racionalista, idealista, existencialista. Mas como tudo isto quer aparecer como uma simples ‘variação’ do pensamento católico no sentido de um aggiornamento aos novos tempos, vejamos agora porque essa idéia pastoral, esse ‘passo pra frente’ na ‘abertura para o mundo’ desvela um programa completo cuja verdadeira ‘doutrina’ só pode ser compreendida como uma praxis.



E assim sendo os seus documentos deviam servir a uma idéia anterior, mas em vista de sua aplicação posterior àquela assembléia. Enfim um programa; tudo segundo o ‘espírito conciliar’, grande animador do ‘cavalo de Tróia do Luterano II.



Hoje é possível, vendo seus frutos, reconhecer sem dificuldade sua origem: o modernismo descrito que foi reciclado.



Na doutrina conciliar encontra-se em síntese: um agnosticismo de aparência religiosa; um antropocentrismo para o culto do homem; um conciliarismo que almeja a gestão dos contrários; um utopismo indefinido projetado ao ponto ômega teilhardiano; um modernismo que recolhe qualquer utopia social fantasmagórica. É claro que para impor esse aggiornamento da Igreja, intrinsecamente anti-católico, havia que favorecer a escalada de prelados modernistas, aceitáveis pelas lojas, às posições de mando e desenvolver uma ‘acomodação’ tática para as questões doutrinais. Esta revolução deixou aparecer inevitavelmente o ‘rabicho’ de fora. Mas este estava coberto pelos paramentos papais; dos Papas conciliares.



Aqui o demônio colocou a maior cilada da história humana: o dever de obedecer ao “poder papal” que veladamente desobedecia à Palavra de Deus e sua continuidade na Doutrina da Igreja. Para evitar o condenável repúdio revolucionário da autoridade, uma multidão de católicos, passou a obedecer e a justificar uma falsa autoridade papal que abria a Igreja ao grande complô.



Este consistia de fato em uma efetiva “des” responsabilização humana diante da Palavra de Deus.

A heresia, fulcro de todo complô - "O anel se fechou. Partindo do subjetivismo, a heresia modernista torna a ele destronando Deus e pondo no seu lugar o Homem. Por isso o Papa (S. Pio X), no estilo preciso da época, do qual a linguagem babélica desta segunda metade de século XX perdeu noção, denomina-o imanentismo. Visto que a consciência humana não está mais ligada a nada que a ultrapasse, ela não poderá alcançar Deus senão em si mesma: "Ele encontra-se no homem mesmo". "E daí - releva o Papa - a equivalência entre consciência e Revelação". Todas as verdades da fé estariam já contidas na consciência do homem - afirma Tyrrel em Through Scylla and Charybdis. Deus não comunica mais ao homem as verdades sobrenaturais por meio da Revelação. É o homem, que as descobre em si mesmo" (Marcel de Corte, "La grande Eresia", Volpe Editor, 1970, Roma).

O modernismo religioso e social invadiu a Igreja e difundiu-se no mundo com o nome de progressismo católico. Trata-se do ponto de encontro de toda heresia. A idéia que a consciência do homem é "capaz de Deus" e que a Redenção é a revelação desta suma dignidade humana, significa a liquidação da razão da Fé imutável, e da Igreja. Que sentido teriam então as conversões, missões, a oração e o sacrifício? Mas neste caso, que sentido teria o Papado? E ainda mais o Luterano II e a montanha de papel que seus prelados produziram? O princípio que João XXIII aplicou nas suas aberturas foi: deve-se procurar antes o que une do que divide as ‘gentes de religião e ideologias diversas’. Mas, como um cargo religioso deve ter necessariamente em vista antes de tudo os princípios da Fé, e não se compreende o que de mais importante poderia tratar um prelado católico, estes aplicando tal princípio incorrem num conflito de valores. De fato, falar de problemas sociais, por exemplo, sem ter em conta o ensino da Fé, significa admitir que uns não estão ligados a outros, que a Fé de Jesus Cristo pode ser mantida fora das questões humanas.



Enfim, significa aceitar a validez do agnosticismo, baluarte do comportamento maçom e da tolerância universal: tudo pode ser aceito, toda fé e ideologia: nada seria mais importante do que contribui para a fraternidade universal. Eis aí: é a fraternidade sem Pai, porque o que “dividia” era justamente Deus Uno e Trino!



A nova missão destes prelados, saber-se-á depois, era a introdução na Igreja de doutrinas e filosofias dos novos pensadores religiosos, como de Lubac, Rahner, Schillebeeckx, Ratzinger, Congar, Küng, etc. Só no nosso tempo se viu filósofos erigir a revelação as próprias idéias, a realidade a aparência. E isto se estendeu à assembléia vaticana. Era a modernística "equivalência entre consciência e Revelação", acusada por S. Pio X e sustentada por João XXIII. Quando foi que esta idéia entrou pela primeira vez num documento vaticano? Na Pacem in terris de João XXIII, velada gênese conciliar da famigerada “Dignitatis humanae”, como não é mais segredo para ninguém.



Parece desproporcional esta relação causa-efeito de uma frase ambígua num “documento papal” com a ruína que seguiu? O mesmo pode parecer em relação a todo o mal causado pelo homem decaído pelo gesto do Pecado original.



A frase sobre a liberdade da “consciência reta” mostrou qual era o espírito reinante do Luterano II: a ecumenística liberdade religiosa almejada pelas lojas.

O espírito conciliar e seu "aggiornamento" antropocêntrico desvela contradições lógicas diante de certos termos que não podem ser "aggiornati". Certo, algumas questões podem ser atualizadas. Mas como se poderia atualizar o que vem expresso por termos como: princípios, valores, hierarquia, autoridade, ordem, justiça? Os Princípios são por sua natureza imutáveis. Não menos os valores conexos com a natureza do ser humano, que são matéria própria da Religião e da sua autoridade. Todavia, sobre estes se operou uma "revolução semântica" não só para atualizar seu significado, mas para alterar a relação hierárquica entre eles. Assim, os principais enganos do mundo penetraram na Igreja, embora já tivessem sido por ela condenados. Isto deve solicitar a consciência dos católicos, que a causa da crise universal presente, que atinge os princípios da ordem, da autoridade, da justiça, e da própria Religião, são atinentes à metamorfose eclesial operada pelo Luterano II.

O utopismo modernista inserido na Igreja pode ser definido como a apologia da paz na terra pela conciliação de ideologias e até religiões antagônicas.



O “aggiornamento” da doutrina dogmática que, centrada na evolução do saber humano, tem raízes inegavelmente gnósticas, é o modernismo que não cultiva uma utopia em particular, mas proclama a liberdade de experimentá-las todas, é ele mesmo fruto de uma teologia evolutiva que se tornou dominante depois de Pio XII que a havia condenado. Na verdade, porém, o seu domínio é mais aparente que real pelo fato de que o erro, mormente se concerne à questão da própria autoridade, não pode fundar nenhuma autoridade. Donde esta poderia proceder: de alguma fonte de utopia igualitária? Mas o modernismo, aplicado à sociedade propondo a geral reconciliação das filosofias e até das religiões redimensionando os conceitos tradicionais de autoridade e hierarquia, fundados na verdade, só pode apoiar-se, não no Evangelho, mas em compromissos.



É nesse sentido que os “profetas conciliares”, continuados hoje por Bento XVI, querem a reconciliação do Cristianismo com o Hebraísmo. Não reconciliação de pessoas, mas de religiões opostas; da Fé em Jesus Cristo, Filho de Deus encarnado, com a fé que o nega e difama no Talmud. Para isto pronunciam discursos delirantes e viagens frenéticas. Talvez Ratzinger não usará o ephod de Caifás no lugar do crucifixo, como fez Paulo VI; talvez não chorará no Muro da Lamentações, mas o que pensa já revelou no seu discurso visitando o campo di concentração de Auschwitz-Birkenau dia 28.5.2006 (“Corriere della Sera”, 29.5. 2006): “Num lugar como este faltam as palavras, só pode restar um espantado silêncio - silêncio que é um grito interior verso Deus: Porque, Senhor, calastes? Porque pudestes tolerar tudo isto? … Retorna sempre a pergunta: Onde estava Deus nesses dias? Porque calou? Como pode tolerar este excesso de destruição, este triunfo do mal? … Este grito de angústia (do Salmo 44,20.23-27) que Israel sofredor eleva a Deus … no curso da história … sofrem por amor de Deus, por amor da verdade e do bem …devemos permanecer humildes mas insistentes no grito para Deus: Acorda! Não esqueça a tua criatura, o homem!”



Um discurso paradoxal, pois parece ignorar que Deus para converter os homens ao bem enviou Seu Filho, que foi supliciado.



A esta exclamações, que ignoram a responsabilidade humana, chegamos devido à passividade “católica”, indiferente à perfídia das “autoridades” conciliares que erigiram a nova religião da conciliação dos opostos para uma nova ordem mundial.



Tudo na liberdade que dispensa a responsabilidade humana diante do Sacrifício Redentor de Jesus Cristo crucificado.



Pode o católico duvidar que a “des” responsabilização humana diante do Verbo de Deus erige um mundo irresponsável?



A voz destes falsos profetas não pode ser confundida com a do Mestre divino, única que conduz ao bem.

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