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A Deserção de Campos e a Posição Ilógica da Fraternidade Sacerdotal São Pio X

S. Excia. Revma. Mons. Mark A. Pivarunas, CMRI
Queridos Irmãos em Cristo,A chocante notícia da recente reconciliação do grupo católico tradicional de Campos, Brasil (a União Sacerdotal São João Maria Vianney*, fundada pelo falecido Dom Antônio de Castro Mayer) com a Igreja Conciliar do Vaticano II, não deve ter sido surpresa para ninguém. O bispo e os padres da União, assim como seus prévios associados, a Fraternidade Sacerdotal São Pio X, mantiveram uma inconsistente posição teológica por tantos anos, que a presente decisão de retornar para a Igreja Modernista era a única solução lógica para sua posição ilógica.

Em 18 de Janeiro de 2002, Dom Licínio Rangel, o bispo da União Sacerdotal de São João Maria Vianney, depois de vários anos de defesa da Missa Tridentina e da verdadeira Fé Católica, comprometendo-se com a hierarquia modernista, emitiu a seguinte declaração:

“Nós reconhecemos o Concílio Vaticano Segundo como um válido Concílio Ecumênico da Igreja Católica, aceitando-o à luz da Sagrada Tradição... Nós reconhecemos a validade do Novus Ordo Missae Promulgado pelo Papa Paulo VI em qualquer lugar aonde o mesmo seja celebrado corretamente e com a intenção de oferecer o sacrifício da Santa Missa”

“Nós reconhecemos o Santo Padre, o Papa João Paulo II, junto com todos os seus poderes e prerrogativas, prometendo a ele obediência filial e oferecendo nossas orações por ele.”

Após ter feito tal declaração pública, Dom Licínio Rangel e os padres da Sociedade São João Maria Vianney deveriam se perguntar em que a situação na atual Igreja Conciliar é diferente da então encontrada pelo seu fundador, Dom Antônio de Castro Mayer, quando se propôs a defender a verdadeira Missa e a verdadeira Fé em oposição ao Novus Ordo Missae e aos falsos ensinamentos do Concílio Vaticano II em relação ao ecumenismo e à liberdade religiosa. A atual situação da Igreja Conciliar é bem pior hoje do que era então.

Se o Novus Ordo Missae é uma Missa válida e o Concílio Vaticano II é um concílio legítimo, então sua defesa da tradição por todos esses foi inútil. Eles deveriam ter sido parte e parcela da nova Igreja ecumênica do Vaticano II desde o princípio.

Não menos perturbador e não menos surpreendente é o fato de que Mons. Bernard Fellay, o superior da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, entrou em comunicação com a Igreja Conciliar a um ano atrás, e ainda mantêm nesse presente momento.**

Dessa forma, não será nenhuma surpresa se a Fraternidade Sacerdotal São Pio X seguir o exemplo da Sociedade São João Maria Vianney e se reconciliar (na prática “entrar em acordo” é uma expressão melhor...) com os modernistas da Igreja Conciliar, e se tornar “farinha do mesmo saco” da falsa Igreja ecumênica.

E como isso pode ser diferente? Enquanto a Fraternidade Sacerdotal São Pio X, em sua tentativa de manter a verdadeira Missa e a Fé Católica Tradicional, deve se opor ao Novus Ordo Missae e ao falso ecumenismo e liberdade religiosa do Concílio Vaticano Segundo, eles erroneamente afirmam ser João Paulo II seu Papa, embora eles não possuam nem aprovação canônica nem conexão jurídica com o mesmo.

E por todos os seus protestos em reconhecer João Paulo II como um Papa verdadeiro, eles, na realidade o negligenciam pela sua pública desobediência a ele, considerando que eles administram os sacramentos sem a aprovação canônica e sem a jurisdição daquele quem eles reconhecem como papa. Eles não possuem autoridade ou aprovação de João Paulo II para estabelecer igrejas e capelas ao redor do mundo, nem para distribuir Sacramentos. Se a Igreja Conciliar do Vaticano II é a Igreja Católica (como eles acreditam), então como eles podem não se considerar cismáticos?

Essa é a grande contradição; enquanto eles mantêm reconhecimento nominal a João Paulo II como papa, eles o negligenciam completamente por agir sem a jurisdição que eles deveriam receber dele para exercer legitimamente a função de bispos e de padres.

Qual é a fonte dessa confusa posição teológica? Eles reconhecem João Paulo II como papa e não possuem nenhuma conexão jurídica ou canônica com ele. Por que a Fraternidade Sacerdotal São Pio X se complica nesse dilema?

Achamos a resposta para essa questão na vacilante posição de seu fundador, o falecido Arcebispo Mons. Marcel Lefebvre. Pela consideração das poucas declarações públicas feitas pelo Arcebispo através dos anos, a ausência de uma posição teológica clara e consistente se mostra evidente. E como essa posição inconsistente foi legada à atual Fraternidade Sacerdotal São Pio X, ela será a razão para um eventual compromisso e reconciliação com a Igreja Conciliar.

Em 29 de junho de 1976, o finado Mons. Marcel Lefebvre declarou na ocasião da sua suspensão da administração dos Sacramentos por Paulo VI:

“Nós estamos suspensos a divinis pela Igreja Conciliar e para a Igreja Conciliar, a qual não desejamos fazer parte. Essa Igreja Conciliar é uma Igreja cismática, pois quebra com a Igreja Católica de sempre. Ela possui seus novos dogmas, seu novo sacerdócio, suas novas instituições, seu novo culto, todos já condenados pela Igreja em vários documentos, de forma oficial e definitiva...


“A Igreja que defende tais erros é ao mesmo tempo cismática e herética. A Igreja Conciliar não é mais Católica. Para qualquer um, seja Papa, Bispo, padre ou fiel, que adere a essa Nova Igreja, se separa da Igreja Católica.”
(Reflexões sobre a Suspensão “a divinis”, por Mons. Marcel Lefebvre)”


E, poucos anos depois, em 8 de Março de 1980, vemos Mons. Lefebvre se retratar com a Igreja modernista numa declaração por escrito feita para João Paulo II aonde ele contradiz sua antiga posição afirmando:

“Santo Padre,
“Para dar fim a algumas dúvidas que circulam em Roma e em certos meios tradicionalistas da Europa e da América concernindo sobre minhas atitudes e pensamentos em relação ao Papa, o Concílio, e ao Novus Ordo Missae, e temendo que essas dúvidas atinjam Vossa Santidade, permita-me declarar mais uma vez o que eu sempre expressei...


“Que eu concordo completamente com o julgamento do Concílio Vaticano II feito por Vossa Santidade em 6 de Novembro de 1978, na reunião do Sagrado Colégio. Que o Concílio deve ser interpretado sob a luz da Sagrada Tradição e na base do Magistério de sempre da Santa Igreja.

“Em consideração ao Novus Ordo Missae, não obstante toda a reserva que se deve ter em relação a ele, eu nunca disse que o mesmo é inválido ou herético.”

Pouco tempo após essa afirmação, o Arcebispo Lefebvre, em carta aos amigos e benfeitores Americanos, datada de 28 de abril de 1983, tomou um meio termo teológico aonde alegou:

“A Fraternidade não diz que todos os sacramentos conforme os novos ritos pós-conciliares são inválidos, mas que por causa de má tradução, a falta de intenção apropriada, e das mudanças introduzidas na matéria e na forma, o número de sacramentos inválidos e duvidáveis está crescendo.”

Porém se pularmos alguns anos, mais uma vez veremos o Arcebispo Lefebvre, apenas um ano antes das consagrações dos quatro bispos da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, na Carta aos Futuros Bispos de 29 de Agosto de 1987, o seguinte:

“Meus queridos amigos,
“A Sé de Pedro e os postos de autoridade em Roma estão ocupados por anti-Cristos, a destruição do Reino de Nosso Senhor está sendo efetuada rapidamente fora e dentro de Seu Corpo Místico aqui em baixo***, especialmente através da corrupção da Santa Missa que é ao mesmo tempo a esplêndida expressão do triunfo de Nosso Senhor na Cruz —
Regnavit a Ligno Deus — e a fonte de extensão do Seu reino sobre as almas e sobre a sociedade”


No entanto, a referência feita pelo Arcebispo de que “A Sé de Pedro e os postos de autoridade em Roma estão ocupados por anti-Cristos” não durou muito, em outra carta para João Paulo II, datada de 02 de Junho de 1988, ele conclui:

“Nós continuaremos rezando para que a Roma atual, infestada pelo Modernismo, se torne mais uma vez a Roma Católica e redescubra sua tradição de dois mil anos...

“Seja benévolo, Santíssimo Padre, em receber a expressão dos meus mais respeitosos e filiais sentimentos devotados em Jesus e Maria.”

Quão visível foi a vacilação do Arcebispo Lefebvre! Num ano ele alega que a Igreja Conciliar é “cismática e herética” e então, poucos anos depois, ele alega ser essa mesma Igreja a Católica; num ano ele refere que a “A Sé de Pedro e os postos de autoridade em Roma estão ocupados por anti-Cristos” e no ano exatamente posterior, ele chama o ocupante da Sé de Pedro de “Santíssimo Padre”.

E a confusão continua. Seguindo a consagração dos quatro bispos da Fraternidade Sacerdotal São Pio X em Junho de 1988, Stefano Paci, um repórter da revista 30 Dias (de circulação internacional), teve uma entrevista com Mons. Lefebvre. O seguinte excerto se encontra na edição de Julho/Agosto de 1988 da revista:

“PACI: E agora, como Vossa Excelência Prevê o futuro da Fraternidade e de suas relações com Roma?
“LEFEBVRE: Eu espero que dentro de poucos anos, quatro ou cinco no máximo, Roma acabará chegando a um acordo conosco.
“PACI: E se isso não acontecer?
“LEFEBVRE: Roma continuará longe da Tradição. E isso será o fim da Igreja. Desde que eu reconheço no Papa o sucessor de São Pedro, eu não estou com aqueles que consideram a Sé de Pedro vacante; eu não digo que este Papa é herético. Mas que suas idéias são heréticas, e que elas já foram condenadas por Pontífices anteriores, e elas levam a heresia. Ao ver como as autoridades da Igreja tem agido desde o Concílio, parece que o Espírito Santo entrou de férias.”
Que posicionamento interessante! Ele afirma que João Paulo II “não é herético. Mas que suas idéias são heréticas — e que elas levam a heresia”.


Quando o auto-intitulado “Papa” convidou os líderes de varias religiões falsas do mundo para irem a Assis com a intenção de invocarem seus falsos deuses pela paz mundial; ou quando o mesmo promulgou o novo Código de Direito Canônico (1983) aonde é permitido aos heréticos e cismáticos de receberem a Sagrada Eucaristia (sob certas circunstâncias, sem ser necessário se reconciliar com a Igreja); ou quando ele continua a reforçar o Novus Ordo Missae e os falsos ensinamentos sobre ecumenismo e liberdade religiosa, que “suas idéias são heréticas” mas “ele não é herético”!?!

Durante a última eleição presidencial, o termo “matemática confusa” foi empregado para descrever os errôneos cálculos econômicos de um dos candidatos. Do mesmo modo, pode se dizer que Fraternidade Sacerdotal São Pio X possui uma “teologia confusa” em relação a situação da Igreja e, infelizmente, será isso que levará a uma reconciliação final com a Igreja Conciliar.

Junto com os motives teológicos que são apresentados pela Fraternidade Sacerdotal São Pio X para manter seu reconhecimento nominal a João Paulo II contra a posição sedevacantista, nos achamos uma citação do Pe. Peter Scott:

“Entretanto, é absurdo afirmar, como fazem os sedevacantistas, que não há nenhum Papa há mais de quarenta anos, por que isso destruiria a visibilidade da Igreja, e as possibilidades canônicas de eleição de um futuro Papa.”


A resposta para a primeira “dificuldade” para um prolongado interregnum (uma vacância do cargo papal) é encontrada na história da Igreja durante o Grande Cisma do Ocidente, ocorrido entre os anos de 1378 e 1417. De 1378 a 1409 haviam dois pretendentes (um em Roma e outro em Avignon) para a Sé Papal; então em 1409 um terceiro pretendente(em Pisa) veio a cena.

Em consideração a esse confuso estado de coisas que dominou a Igreja durante o Grande Cisma do Ocidente, existe um interessantíssimo ponto de vista teológico encontrado nos ensinamento do Pe. Edmund James O’Reilly, S.J. Ele foi um dos maiores teólogos do seu tempo, sendo o teólogo do Cardeal Cullen de Armagh durante o sínodo de Thurles; teólogo do Bispo Brown no sínodo de Shrewsbury; teólogo do Bispo Furlong durante o sínodo de Maynooth; e nomeado professor da Universidade Católica de Dublin. Em 1882, Pe. O’Reilly publicou um livro intitulado “As relações da Igreja com a Sociedade” aonde ele afirma que a Vacância da Santa Sé durável por um grande período não pode ser considerada incompatível com as promessas de Nosso Senhor Jesus Cristo e com a doutrina da indefectibilidade da igreja:

“Nós poderíamos parar aqui para perguntar do estado, naquele tempo, dos três reclamantes, e dos seus direitos a respeito do Papado. Em primeiro lugar, havia do começo ao fim - desde a morte de Gregório XI em 1378, um papa - com exceção, é claro, dos intervalos entre as mortes e eleições para suprir/plenificar as vacâncias conseqüentemente criadas. Havia, eu acredito, a cada momento um Papa, realmente investido da dignidade de Vigário de Cristo e Cabeça da Igreja, quaisquer opiniões que existissem acerca da sua genuinidade; não que um interregno cobrindo todo período tivesse sido impossível ou inconsistente com as promessas de Cristo, pois isso não é de modo nenhum manifesto, mas que, a título de fato, não houve tal interregno."


Durante esses tempos difíceis aonde o Novus Ordo tomou o lugar do Santo Sacrifício da Missa e em que falsas religiões foram convidadas pela Igreja Conciliar para render falso culto aos seus falsos deuses na igreja de Assis, não estaríamos nos testemunhando nada menos que a Grande Apostasia prenunciada por São Paulo na sua Segunda Epistola aos Tessalonicenses (II Tessalonicense 2:3-8)?

E como segunda “dificuldade” proposta pela Fraternidade Sacerdotal São Pio X contra a posição sedevacantista, que haveria uma impossibilidade de uma Futura Eleição Papal se a Sé de Pedro realmente estiver vacante desde o Concílio Vaticano II, nós lemos no “A Igreja do Verbo Incarnado” de Monsignor Charles Journet:

“Durante a vacância da Sé Apostólica, nem a Igreja nem um Concílio podem transgredir as disposições previamente postas para determinar o modo válido da eleição(Cardeal Caetano, O.P., in De Comparata, cap.xiii, no. 202). No entanto, no caso de permissão (por exemplo se o Papa determinar algo contra isso), ou no caso de ambigüidade (por exemplo, se for desconhecido quais Cardeais são verdadeiros ou quem o Papa é, como foi no caso do grande cisma.), o poder de ‘aplicar o Papado a essa ou a outra pessoa’ é devolvido à Igreja Universal, que é a Igreja de Deus’(ibid., no. 204)”.

Nos últimos meses, a Fraternidade Sacerdotal São Pio X vem se portando, em suas publicações, de forma demasiadamente rígida para com os sedevacantistas; entretanto, Mons. Lefebvre, seu fundador e pai espiritual, uma vez defendeu a mesma posição defendida pelos sedevacantistas:

“A Igreja Conciliar não é mais Católica. Para qualquer um, seja Papa, Bispo, padre ou fiel, que adere a essa Nova Igreja, se separa da Igreja Católica.”

E, em adição ao que foi dito por Mons. Lefebvre, Dom Antonio de Castro Mayer numa entrevista dada ao Jornal da Tarde, afirmou:

“A igreja que adere formal e totalmente ao Vaticano II com suas heresias não é nem pode ser a Igreja de Jesus Cristo. Para pertencer à Igreja Católica, à Igreja de Jesus Cristo, é preciso ter a fé, ou seja, não pôr em dúvida ou negar um artigo sequer da Revelação. Ora, a Igreja do Vaticano II aceita doutrinas que são heréticas, como vimos.” (Excerto de uma entrevista concedida ao Jornal da Tarde de São Paulo, dia 06/11/1984.) ****

Como pode a Fraternidade Sacerdotal São Pio X recusar em se submeter à autoridade de João Paulo II quem eles reconhecem como Papa? O Código de Direito Canônico Tradicional (1917) no Cânon 1325 define o cismático como aquele que se recusa a se submeter à autoridade do Sumo Pontífice.

Como eles não possuem jurisdição dele, nem missão canônica, e, como fato consumado, seus bispos foram excomungados por ele, como podem eles honestamente não reconhecerem a realidade de suas posição? Se João Paulo II é o papa, como a Fraternidade Sacerdotal São Pio X abertamente professa, como eles podem se considerarem outra coisa senão cismáticos?

O futuro da Igreja Católica está inteiramente nas mãos de Deus; Entretanto, é uma condenação implícita da infalibilidade da Igreja considerar que a Igreja Conciliar é de alguma forma a Igreja Católica.

Mons. Lefebvre enganou-se em sua entrevista dada a revista 30 Dias quando ele respondeu:

“Ao ver como as autoridades da Igreja tem agido desde o Concílio, parece que o Espírito Santo entrou de férias.”

Não, o Espírito Santo permanece com a Igreja e continuará permanecendo até a consumação dos dias. Por essa razão a Igreja Católica infalivelmente ensinou no Primeiro Concílio do Vaticano em 1870, o seguinte:

“Para os padres do Quarto Concílio de Constantinopla seguindo de perto os passos dos seus predecessores, fizeram a solene declaração: ‘A primeira condição para a salvação é manter a lei da verdadeira fé. E por isso é impossível que as palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo, que disse: “Tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja” (Mt. 16:18), não sejam cumpridas. Essa verdade foi provada ao curso da história, pois na Sé Apostólica a religião se manteve imaculada e o seu ensinamento se manteve sagrado’”...

“De fato, foi essa doutrina apostólica que todos os Padres mantiveram, e que todos os Doutores ortodoxos reverenciaram e seguiram. Para a plena realização que esta Sé de São Pedro se mantenha livre de qualquer erro, de acordo com a divina promessa de Nosso Senhor e Salvador fez ao príncipe de Seus discípulos: ‘Eu roguei por ti, para que a tua confiança não desfaleça; e tu, por tua vez, confirma os teus irmãos.’(Luc 22:32)”

Possa São José, o patrono da Igreja Universal, pai adotivo do Filho de Deus e casto guardião da Santíssima Virgem Maria, interceder pela nossa Santa Mãe a Igreja Católica.

In Christo Jesu et Maria Immaculata,
+ Mark A. Pivarunas, CMRI
Festa de São José, 19 de Março de 2002
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* Hoje Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney. Chefiada pelo Pe. Fernando Rifan. (Nota de Alessandro Vieira Braga)
** Hoje conhecemos o resultando de tais comunicações. (N. de AVB)
*** “Seu Corpo Místico aqui em baixo”, ou seja, a Igreja Militante. (N. de AVB)
**** Confira abaixo a íntegra da resposta (retirada do livro do Sr. Araí Daniele “Entre Fátima e o Abismo”):

“Na raiz de todo este mal está o falso ecumenismo instalado com o Vaticano II. Este se apresenta mais como uma práxis que como uma doutrina, A doutrina encontra-se na declaração Dinigtatis Humanae com a qual o Concílio quis sancionar como direito natural do homem a liberdade religiosa, entendida como liberdade de religião. Para a doutrina católica esse direito seria uma aberração lógica, se antes não fosse uma blasfêmia, como foi dito no Manifesto Episcopal. De Fato, é impensável que a Igreja, cuja voz é a mesma voz de Deus, possa afirmar o direito do homem de escolher entre as mais variadas concepções humanas de Deus, contra a verdade única que Deus mesmo revelou de Si.



A doutrina, portanto, contida nessa declaração conciliar é herética. O Vaticano II, declarando direito natural do homem seguir a religião ditada pela própria consciência, ou não seguir nenhuma, proclama o direito ao erro. Ora, o erro não pode ser o fundamento de direito algum. O erro é contra a natureza humana feita para a verdade. Como pode ele reivindicar conformidade com essa natureza? Acresce que nessa matéria há uma lei divina que importa na obrigação por parte do homem de professar a religião católica. Como poderia a Igreja conceder direito contra essa vontade soberana? Pior ainda: como poderia dizer que esse direito contra a vontade divina é um direito natural? Fundado, pois, na própria natureza humana? Só admitindo que o homem está acima de Deus! Ora, isso é pior que heresia: é uma aberrante apostasia! Portanto, o Concílio Vaticano II proclamou uma heresia objetiva.


Os que seguem e aplicam essa doutrina têm demonstrado uma pertinácia que normalmente caracteriza uma heresia formal. Ainda não os acusamos categoricamente dessa pertinácia para dirimir a mínima possibilidade de ignorância de questões tão graves. De qualquer modo, mesmo que essa pertinácia não se manifestasse na forma de uma efetiva ofensa à fé, manifesta-se claramente na omissão em defendê-la.


A igreja que adere formal e totalmente ao Vaticano II com suas heresias não é nem pode ser a Igreja de Jesus Cristo. Para pertencer à Igreja Católica, à Igreja de Jesus Cristo, é preciso ter fé, ou seja, não pôr em dúvida ou negar um artigo sequer da Revelação. Ora, a Igreja do Vaticano II aceita doutrinas que são heréticas, como vimos. Pode-se admitir, porém, a possibilidade de que haja fiéis em boa fé que não sabem ter o Vaticano II aderido à heresia. Mas, bispos? É difícil admiti-lo, mesmo não a excluindo como possibilidade absoluta.


Quanto à possibilidade de que um papa governe a Igreja rejeitando o que ela definiu, a história registra o caso do papa Honório I, condenado postumamente pelo III Concílio Ecumênico de Constantinopla e pelo papa S. Leão II, por ter “...permitindo com uma traição sacrílega que fosse manchada a fé imaculada.”(DZ 563)


É certo, porém, que a Igreja católica é a única Esposa de Cristo. Não há outras. Apresentá-la como “uma entre outras” é equipar a Verdade ao erro, o que é a essência de toda heresia. Uma igreja engajada irreversivelmente nesse ecumenismo pós-conciliar não é a Igreja de Cristo, Igreja Católica Apostólica Romana. Os católicos, para conservarem-se fiéis aos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, devem estar em alerta e vigilantes para não se deixarem levar por essa falsa igreja.”

A “nova consciência conciliar”: adulta ou adulterina?


Por Arai Daniele

Para o pensamento católico, mas também para toda cultura tradicional, o homem não conhecendo por si mesmo o princípio e o fim da sua vida, e portanto o seu verdadeiro bem, não pode estabelecer leis sociais sem recorrer a um código de normas vitais que o precede e supera. Mas a tentação humana primordial é de fazê-lo para atingir uma maturidade que o tornaria autônomo e lhe daria o poder de tornar-se legislador como Deus.


Nisto se resume, de um lado o curso da rebelião histórica do ser humano: a Revolução por excelência, do outro a missão da Religião salvadora: o Cristianismo. Devido ao princípio lógico de identidade e não contradição, estes dois cursos são inconciliáveis e não pode haver nenhum outro curso intermédio.



No entanto este compromisso delirante será tentado nestes nossos tempos desvairados, em nome do amor e da humildade, justamente no âmbito católico. Isto há que esclarecer, pois foi perpetrado na fumaça conciliarista do Vaticano II.



A matriz desse plano é claramente modernista pois seguia a idéia de conciliar a ‘Lei eterna’ com as ‘necessidades dos tempos’; eis a revisão religiosa operada pelos chefes conciliares que, na confusão de dois espíritos opostos incorreram (em boa ou má fé?), num tombo teológico. Não é difícil explicar esse desastre seguindo um simples catecismo.



Difícil é que o homem moderno queira entender como perigo a liberdade que lhe parece um direito apetitoso.



Neste sentido operou o Vaticano II renovando, sempre de novo, a tentação da maçã proibida.

A idéia de centro e a noção de responsabilidade - Um centro implica um vínculo em torno do qual se pode girar com liberdade, mas não com autonomia. Responsabilidade implica a resposta consciente e voluntária a uma ordem superior. Na ordem moral a resposta deve ser conforme aos vínculos objetivos das normas morais, que se deve conhecer e querer respeitar.



Na ordem jurídica, depende do entendimento ético-jurídico e da determinação volitiva de conformar a este os próprios atos.



A responsabilidade representa portanto uma liberdade ordenada, isto é, uma reta resposta ao centro que representa a ordem superior: do seu sujeito para o seu objeto.



A responsabilidade humana deve ser relacionada com o centro do qual depende na ordem natural, do Ser. Mas sendo uma resposta depende da consciência da própria situação e liberdade e portanto do entendimento e da vontade em relação ao fim dos próprios atos. Nestas condições pode-se dizer que a responsabilidade é definida por um vínculo e uma liberdade, que se exprime na frase: eu quero o que devo; devo aceitar a condição natural, o centro ao qual sou vinculado; quero responder a este dentro da ordem dos fins que reconheço ser o bem meu e universal.



A Igreja propõe como exemplo dessa resposta os Santos. Entre estes, na era moderna, a jovem Santa Teresinha do Menino Jesus, que se tornou padroeira das missões sem sair do seu Carmelo, ao oferecer todo seu sacrifício a Deus. Extraordinário é o caso de Fátima, onde Nossa Senhora, após ter mostrado o Inferno a três pastorinhos de 7, 8 e 10 anos, dizendo que aquelas almas terminaram assim porque ninguém suplicara por elas, obteve a responsabilização comovente daquelas crianças, que passaram a oferecer qualquer sacrifício pela salvação dos pecadores, e a admirável Jacinta morreu com dez anos, só, num hospital de Lisboa, oferecendo a vida nessa universal comunhão de almas que é a Igreja. Sempre foi esse o modo de responder ao chamado de Deus de todos os Santos, prontos a sacrificar-se por almas distantes, não segundo a filantropia dos direitos humanos, mas na contemplação do divino Crucificado.

A responsabilidade humana deve ter presente a carência do homem na sua natureza decaída e sofredora.



Poderia haver uma verdadeira responsabilização em questões artificiosas e irreais? Poderia ela não custar empenho e sacrifícios. Eis que este aspecto da realidade humana entra pela senda, a um tempo natural e misteriosa da vida, que é a dor. Ela não pode ser superada neste mundo, mas pode servir ao bem. Pode ser grande motivadora e reguladora da responsabilidade humana. Muitas vezes é ela que faz voltar a consciência à realidade, despertando também o amor e a compaixão. Mas faz parte dessa natureza humana que o pensamento artificial quer abolir. A utopia no mais das vezes tem horror à natureza que inclui a dor; almeja a uma felicidade por decreto.

A ruptura da responsabilidade se realiza, seja pela não aceitação de ser si mesmo centrado no Bem, seja na recusa de responder ao centro do qual se pretende autonomia; uma auto-eleição do próprio centro, como se nossa vida não seguisse uma norma predeterminada a um fim. Como se o homem pudesse responder a si mesmo ou a seus iguais: ser auto centrado sem sair do equilíbrio universal. Mas é o que pretende o ateísmo, e no campo religioso o modernismo, espécie de ‘agnosticismo cristão’, como explicou São Pio X. Rompido então esse elo, o homem, que não pode ter outro centro que Deus, nem viver à revelia da sua liberdade ordenada ao seu fim, perde sua chave e a sociedade perde um membro consciente da sua responsabilidade para com o bem geral, que nenhum coletivo humanitário sabe definir a longo termo.



Esta ruptura na natural responsabilização da consciência pessoal acaba por servir a um controle remoto das consciências sob a guia de um grande irmão. Isto porque o homem mutilado na integridade da sua consciência pode ser reduzido a objeto de um poder oculto, de uma mente que, em nome da liberdade e dignidade humana, vai substituir à consciência pessoal por uma consciência coletiva; um utopismo que na verdade propicia um poder tirânico.



Ora, uma idéia religiosa antropocêntrica, que leva à perda do centro em Deus, é a alienação espiritual que servirá de matriz para tal tirania política à espreita, que derivou da alienação religiosa infiltrada na Igreja Católica.

O Espírito do Cristianismo conduz a sociedade no sentido do Logos, Jesus Cristo. A sua ética se funda na liberdade vinculada à responsabilidade da pessoa humana diante de Deus. Poderia esta sociedade reconciliar-se com o espírito que nega o Verbo divino? É um fato histórico que na certeza dos princípios e da ordem decorrentes da Lei divina a insuperável Civilização cristã floresceu no passado e estendeu-se pela terra. Isso era insuportável para o inimigo de Deus e dos homens.



Por isto sussurrou sempre na sociedade cristã a rebelião mental e religiosa, especialmente através do anti-cristianismo judaico, que foi matriz de crises contínuas.

A crise da consciência medieval, que surgiu com o humanismo que prefere a forma ao espírito, a arte ao mistério, o pedagogo ao sacerdote, alimentou a religiosidade criativa em que iria inserir-se a revolução de Lutero e outros.



“O que determina toda essa concepção luterana é a súbita erupção de um ‘sopro’ no campo semântico, destinatário da história universal. Por isto o Priester (sacerdote) é o Amtmann (funcionário) do Sopro Sagrado, não de um rito mistérico, mas suscitado por Ele ao serviço da palavra bíblica, germânica; por isto sua dimensão transformadora deve começar na infância, e dai a preocupação do heresiarca nas perspectivas pedagógicas, deduzidas na realidade de sua eclesiologia” (C. Disandro, Lutero y su Coyuntura Semantica, Ed. Hosteria Volante, La Plata, 1990).

Lutero detestava e perseguiu os judeus, assim como Hitler nos nossos tempos, mas as religiões destes iriam, cedo ou tarde, servir para perseguir os cristãos.



A revisão do Cristianismo, que tornou-se guerra com Lutero e revolução devastadora nos séculos seguintes com maçons e marxistas, só conseguiu atingir o seu objetivo nos miasmas de uma revolução conciliar que obscureceu a basilar contraposição entre o Cristianismo e o mundo. É o ‘revisionismo’ do Vaticano II. Veremos que este processo que precisou de três séculos para contaminar o Ocidente, com três anos de Vaticano II contaminou as consciências em toda a Terra. Trata-se de um novo modelo de comportamento liberal posto nas consciências. Ou, se quisermos, da idéia do ‘homem novo’ para os novos tempos, humanamente concebida. As revoluções precisaram até nisto seqüestrar o termo do Evangelho (Ef 2,14; 4.22) para fabricar nos seus ‘centros de pensamento’ o modelo de cidadão a impor ao mundo.



Seguiu a grande mudança histórica que seguiu a introdução de uma ‘nova consciência’ por esses ‘novos pedagogos’ que foram antes os enciclopedistas e nos nossos tempos os escribas conciliaristas. O resultado dos primeiros, vivemos até hoje com uma agravante: conseguiu penetrar até na Igreja onde, com o Luterano II, teve o seu 1789 e o seu 1917 projetado nos anos 2000.

A autoridade papal foi conferida para confirmar o vínculo cristão que aperfeiçoa aquele natural e do Decálogo. O Senhor instituiu a sua Igreja e ordenou a seus Apóstolos: ‘Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. O que crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado’ (Mc 16, 15-16). O princípio da Religião, e portanto da Igreja e da sua autoridade, é pregar o ‘crer’ na norma da consciência aperfeiçoada por Jesus Cristo. Uma ‘crença’ que apenas admitisse uma norma de consciência independente de Deus seria uma contrafação, seria um ateísmo de aspecto religioso. E, visto que o caminho para chegar à primeira Norma da consciência é crer numa norma, a liberdade de negar a existência e a universalidade da norma de consciência é um pluralismo liberticida em oposição a toda idéia religiosa ou moral; é contra Deus mesmo. Eis que o liberalismo modernista, justificando o direito à liberdade de não crer, suscita nas consciências a ruptura do vínculo vital entre a vontade e a liberdade, entre a liberdade e a lei, entre o homem e Deus. Estas idéias, como veremos, vão além de todo protestantismo. O modernismo quer, como ensinou S. Pio X, a consciência como Evangelho

O repúdio revolucionário da autoridade - Bento XV (Anno jam exeunte, 7/3/I917): "Desde os primeiros três séculos das origens da Igreja, no curso dos quais o sangue dos cristãos fecundou a terra, pode-se dizer que jamais a Igreja correu um tal perigo como o que se manifestou no fim do século XVIII. Foi então que a ação de uma filosofia delirante, fruto da heresia e apostasia de inovadores, ganhou sobre os espíritos um poder universal de sedição e provocou uma revolução total cujo determinado objetivo era de arruinar os fundamentos cristãos da sociedade, não só na França, mas, pouco a pouco, em todas as nações. Assim, publicamente rejeitada a autoridade da Igreja, e tendo cessado de ter a religião como guardiã e salvaguarda do direito, do dever e da ordem na sociedade, ensinou-se que o poder tem origem no povo e não em Deus; que todos os homens são iguais por natureza e por direito; que a cada um é lícito o que lhe agrada, se não é expressamente proibido pela lei; que nada tem força de lei, se não é comandado pela multidão; e, o que é mais grave, que se pode pensar e publicar, em matéria de religião, tudo o que se quer, sob o pretexto que isto não causa dano a ninguém. Tais são os elementos que, com aparência de princípios, são deste então a base da teoria dos Estados. [Eis que]: “Não houve nada de bastante santo e augusto que, em nome da liberdade e da justiça, da qual se manifestava uma desenfreada licença, não tivesse sido profanado por todo o lado”.




Indicamos até aqui o cerne do pensamento cristão e daquele que se lhe opõe para ter uma chave de leitura para o Vaticano II.



Já se viu que se trata do imanentismo modernista, proveniente das filosofias naturalista, racionalista, idealista, existencialista. Mas como tudo isto quer aparecer como uma simples ‘variação’ do pensamento católico no sentido de um aggiornamento aos novos tempos, vejamos agora porque essa idéia pastoral, esse ‘passo pra frente’ na ‘abertura para o mundo’ desvela um programa completo cuja verdadeira ‘doutrina’ só pode ser compreendida como uma praxis.



E assim sendo os seus documentos deviam servir a uma idéia anterior, mas em vista de sua aplicação posterior àquela assembléia. Enfim um programa; tudo segundo o ‘espírito conciliar’, grande animador do ‘cavalo de Tróia do Luterano II.



Hoje é possível, vendo seus frutos, reconhecer sem dificuldade sua origem: o modernismo descrito que foi reciclado.



Na doutrina conciliar encontra-se em síntese: um agnosticismo de aparência religiosa; um antropocentrismo para o culto do homem; um conciliarismo que almeja a gestão dos contrários; um utopismo indefinido projetado ao ponto ômega teilhardiano; um modernismo que recolhe qualquer utopia social fantasmagórica. É claro que para impor esse aggiornamento da Igreja, intrinsecamente anti-católico, havia que favorecer a escalada de prelados modernistas, aceitáveis pelas lojas, às posições de mando e desenvolver uma ‘acomodação’ tática para as questões doutrinais. Esta revolução deixou aparecer inevitavelmente o ‘rabicho’ de fora. Mas este estava coberto pelos paramentos papais; dos Papas conciliares.



Aqui o demônio colocou a maior cilada da história humana: o dever de obedecer ao “poder papal” que veladamente desobedecia à Palavra de Deus e sua continuidade na Doutrina da Igreja. Para evitar o condenável repúdio revolucionário da autoridade, uma multidão de católicos, passou a obedecer e a justificar uma falsa autoridade papal que abria a Igreja ao grande complô.



Este consistia de fato em uma efetiva “des” responsabilização humana diante da Palavra de Deus.

A heresia, fulcro de todo complô - "O anel se fechou. Partindo do subjetivismo, a heresia modernista torna a ele destronando Deus e pondo no seu lugar o Homem. Por isso o Papa (S. Pio X), no estilo preciso da época, do qual a linguagem babélica desta segunda metade de século XX perdeu noção, denomina-o imanentismo. Visto que a consciência humana não está mais ligada a nada que a ultrapasse, ela não poderá alcançar Deus senão em si mesma: "Ele encontra-se no homem mesmo". "E daí - releva o Papa - a equivalência entre consciência e Revelação". Todas as verdades da fé estariam já contidas na consciência do homem - afirma Tyrrel em Through Scylla and Charybdis. Deus não comunica mais ao homem as verdades sobrenaturais por meio da Revelação. É o homem, que as descobre em si mesmo" (Marcel de Corte, "La grande Eresia", Volpe Editor, 1970, Roma).

O modernismo religioso e social invadiu a Igreja e difundiu-se no mundo com o nome de progressismo católico. Trata-se do ponto de encontro de toda heresia. A idéia que a consciência do homem é "capaz de Deus" e que a Redenção é a revelação desta suma dignidade humana, significa a liquidação da razão da Fé imutável, e da Igreja. Que sentido teriam então as conversões, missões, a oração e o sacrifício? Mas neste caso, que sentido teria o Papado? E ainda mais o Luterano II e a montanha de papel que seus prelados produziram? O princípio que João XXIII aplicou nas suas aberturas foi: deve-se procurar antes o que une do que divide as ‘gentes de religião e ideologias diversas’. Mas, como um cargo religioso deve ter necessariamente em vista antes de tudo os princípios da Fé, e não se compreende o que de mais importante poderia tratar um prelado católico, estes aplicando tal princípio incorrem num conflito de valores. De fato, falar de problemas sociais, por exemplo, sem ter em conta o ensino da Fé, significa admitir que uns não estão ligados a outros, que a Fé de Jesus Cristo pode ser mantida fora das questões humanas.



Enfim, significa aceitar a validez do agnosticismo, baluarte do comportamento maçom e da tolerância universal: tudo pode ser aceito, toda fé e ideologia: nada seria mais importante do que contribui para a fraternidade universal. Eis aí: é a fraternidade sem Pai, porque o que “dividia” era justamente Deus Uno e Trino!



A nova missão destes prelados, saber-se-á depois, era a introdução na Igreja de doutrinas e filosofias dos novos pensadores religiosos, como de Lubac, Rahner, Schillebeeckx, Ratzinger, Congar, Küng, etc. Só no nosso tempo se viu filósofos erigir a revelação as próprias idéias, a realidade a aparência. E isto se estendeu à assembléia vaticana. Era a modernística "equivalência entre consciência e Revelação", acusada por S. Pio X e sustentada por João XXIII. Quando foi que esta idéia entrou pela primeira vez num documento vaticano? Na Pacem in terris de João XXIII, velada gênese conciliar da famigerada “Dignitatis humanae”, como não é mais segredo para ninguém.



Parece desproporcional esta relação causa-efeito de uma frase ambígua num “documento papal” com a ruína que seguiu? O mesmo pode parecer em relação a todo o mal causado pelo homem decaído pelo gesto do Pecado original.



A frase sobre a liberdade da “consciência reta” mostrou qual era o espírito reinante do Luterano II: a ecumenística liberdade religiosa almejada pelas lojas.

O espírito conciliar e seu "aggiornamento" antropocêntrico desvela contradições lógicas diante de certos termos que não podem ser "aggiornati". Certo, algumas questões podem ser atualizadas. Mas como se poderia atualizar o que vem expresso por termos como: princípios, valores, hierarquia, autoridade, ordem, justiça? Os Princípios são por sua natureza imutáveis. Não menos os valores conexos com a natureza do ser humano, que são matéria própria da Religião e da sua autoridade. Todavia, sobre estes se operou uma "revolução semântica" não só para atualizar seu significado, mas para alterar a relação hierárquica entre eles. Assim, os principais enganos do mundo penetraram na Igreja, embora já tivessem sido por ela condenados. Isto deve solicitar a consciência dos católicos, que a causa da crise universal presente, que atinge os princípios da ordem, da autoridade, da justiça, e da própria Religião, são atinentes à metamorfose eclesial operada pelo Luterano II.

O utopismo modernista inserido na Igreja pode ser definido como a apologia da paz na terra pela conciliação de ideologias e até religiões antagônicas.



O “aggiornamento” da doutrina dogmática que, centrada na evolução do saber humano, tem raízes inegavelmente gnósticas, é o modernismo que não cultiva uma utopia em particular, mas proclama a liberdade de experimentá-las todas, é ele mesmo fruto de uma teologia evolutiva que se tornou dominante depois de Pio XII que a havia condenado. Na verdade, porém, o seu domínio é mais aparente que real pelo fato de que o erro, mormente se concerne à questão da própria autoridade, não pode fundar nenhuma autoridade. Donde esta poderia proceder: de alguma fonte de utopia igualitária? Mas o modernismo, aplicado à sociedade propondo a geral reconciliação das filosofias e até das religiões redimensionando os conceitos tradicionais de autoridade e hierarquia, fundados na verdade, só pode apoiar-se, não no Evangelho, mas em compromissos.



É nesse sentido que os “profetas conciliares”, continuados hoje por Bento XVI, querem a reconciliação do Cristianismo com o Hebraísmo. Não reconciliação de pessoas, mas de religiões opostas; da Fé em Jesus Cristo, Filho de Deus encarnado, com a fé que o nega e difama no Talmud. Para isto pronunciam discursos delirantes e viagens frenéticas. Talvez Ratzinger não usará o ephod de Caifás no lugar do crucifixo, como fez Paulo VI; talvez não chorará no Muro da Lamentações, mas o que pensa já revelou no seu discurso visitando o campo di concentração de Auschwitz-Birkenau dia 28.5.2006 (“Corriere della Sera”, 29.5. 2006): “Num lugar como este faltam as palavras, só pode restar um espantado silêncio - silêncio que é um grito interior verso Deus: Porque, Senhor, calastes? Porque pudestes tolerar tudo isto? … Retorna sempre a pergunta: Onde estava Deus nesses dias? Porque calou? Como pode tolerar este excesso de destruição, este triunfo do mal? … Este grito de angústia (do Salmo 44,20.23-27) que Israel sofredor eleva a Deus … no curso da história … sofrem por amor de Deus, por amor da verdade e do bem …devemos permanecer humildes mas insistentes no grito para Deus: Acorda! Não esqueça a tua criatura, o homem!”



Um discurso paradoxal, pois parece ignorar que Deus para converter os homens ao bem enviou Seu Filho, que foi supliciado.



A esta exclamações, que ignoram a responsabilidade humana, chegamos devido à passividade “católica”, indiferente à perfídia das “autoridades” conciliares que erigiram a nova religião da conciliação dos opostos para uma nova ordem mundial.



Tudo na liberdade que dispensa a responsabilidade humana diante do Sacrifício Redentor de Jesus Cristo crucificado.



Pode o católico duvidar que a “des” responsabilização humana diante do Verbo de Deus erige um mundo irresponsável?



A voz destes falsos profetas não pode ser confundida com a do Mestre divino, única que conduz ao bem.

COLABORE CONOSCO!


Estamos precisando de pessoas que se disponibilizem a traduzir textos relevantes para o nosso apostolado. Muitos dos nossos trabalham quase que integralmente, e não possuem tempo hábil para tal. Nosso site ainda está começando, há muito por melhorar, mas contamos com os auxílios de todos aqueles que puderem nos ajudar. Não nos esqueçamos, Nosso Senhor conta conosco nesta tão árdua batalha. Multipliquemos os nossos talentos para que não sejamos reprovados no dia final.


Os que quiserem colaborar desde já, entrem em contato com os seguintes e-mails:




Nós poderemos receber os textos traduzidos através dos e-mails supracitados e fornecer indicações de textos a serem traduzidos àqueles que desejarem.


Instaurare omnia in Christo

Mais uma ferramenta para defender a Fé: Propaganda Católica


Este blog é dirigido pelo Padre Hugo Esquives, da Argentina. Com certeza será mais uma arma na luta contra a Apostasia que grassa no mundo atual. Não deixem de acompanhar. O Padre Hugo faz parte da Companhia de Jesus e Maria de Mons. Morello. Recentemente, recebemos a notícia de que eles estão com missões em Buenos Aires.


Laudetur Iesus Cristus

Texto interessantíssimo: A consagração da Rússia já aconteceu e a conversão (mudança) também


Recentemente o blog SURSUM CORDA, da Argentina, publicou um texto sobre a questão da Consagração da Rússia feita pelo Papa Pio XII. Foi ou não válida, mesmo que incompleta, tal consagração? O texto completo, publicado pelo nosso irmão Raúl, também disponível em Panorama Católico, se encontra em: http://sursumcordablog.blogspot.com/2009/05/sobre-la-consagracion-de-rusia.html


Colocamos aqui a parte que percebemos ser de maior relevância.


Acorde con el nick con que firmo (perplejo) no tengo incoveniente en retractarme de lo que diré, tanto más que yo soy una persona fundamentalmente humilde (irónico modo sea dicho) y no estoy en absoluto apegado a mis ideas (tómese con humor). Algunos han llegado a llamarme veleta. Creo que sigo a la verdad en cualquier momento de mi trayectoria sin importarme dar la razón al adversario y retractarme de lo que haga falta.Dicho esto diré que la consagración de Rusia se produjo en el 7 de Julio de1952 por su Santidad Pío XII, como se expone en la "Sacro Vergente amno", carta apostólica, en la que se nombra a Rusia específicamente ("de manera especial") aunque no exclusivamente pues também fue consagrada la "entera raza humana".Hay que reconocer que no se hizo en unión de todos los obispos de la Iglesia que juntos y el mismo día debieron haberla hecho tal como era el pedido de NªSª. Esto hizo que el efecto de la conversión fuera menos aparente, y menos rápido y con muy menores consecuencias. Pero aquella consagración no cayó en saco roto. Y desde luego el comportamiento de Rusia fue esencialmente distinto a partir de ella.


La respuesta de Dios N.S. siempre está en proporción del grado en que nos involucramos en nuestras súplicas y entrega a El. Algo parecido pasó en las apariciones de Fátima en las que la Virgen llegó a decir que el milagro que vendría en Octubre 1917 hubiera sido mayor si en Agosto no se hubiera impedido la aparición del día 13 por parte de las autoridades.Aqui quiero hacer un breve inciso. Algunos utilizan la palabra "conversión" en su sentido más fuerte o sea conversión a la Iglesia católica. Pero este no es su unico sentido, ni siquiera en castellano, En el diccionario "María Moliner" se admiten muchos significados al término conversión, por ejemplo "que alguien abandone su mal comportamiento".En portugués, que es el idioma que usó Nª Sª, la palabra "conversão" tiene tb la acepción muy frecuente de "cambio" incluso en la vida ordinaria. Por supuesto en el griego bíblico y moderno la palabra "metanoeite"=convertíos (convertíos y creed en el evangelio, Mc 1,15) implica solamente un cambio de conducta dejando atrás anteriores comportamientos. Es la palabra que usaron (metanoia) los socialistas griegos y que se veía en infinidad de letreros en las calles de Atenas en cierta campaña electoral. La palabra "cambio" se ha usado também en las recientes elecciones de USA. Si se lee con detenimiento y seguido el mensaje de Fátima se ve que la Virgen Sma. para evitar la persecución causada por "Rusia" esparciendo sus errores por todo el mundo y causando revoluciones y el martirio de los buenos, con el "aniquilamiento" incluso de países, vendría a pedir la consagración de Rusia a su Inmaculado Corazón, como lo haría en el año 1929, el 13 de Junio, en Tuy. Cosa que hizo S.S.Pío XII, aunque tarde como predijo el Niño Jesús en la aparición de Pontevedra, cuando ya lo peor había pasado. Algunos países dejaron de existir (como pasó con los paises bálticos cuya soberanía y estructura civil y militar y social dejó de existir". Como escribe Carroll:"The small Baltic nations – Lithuania, Latvia and Estonia – were now ready for Stalin to pluck. He moved at once to impose ‘mutual assistance treaties’ on them, whose only significant clause provided for stationing large numbers of Soviet troops on their territory. These treaties were signed on September 28 (Estonia), October 5 (Latvia), and October 10 (Lithuania). They could now be taken over at any time.” (Warren H. Carroll, The Rise and Fall of the Communist Revolution, Christendom Press, p. 310).Nótese que esta es la única manera en que un país puede ser aniquilado. Ni aun con la muerte y desaparición física de sus habitantes, inmuebles etc.. en una guerra nuclear podría decirse que un país sería "aniquilado" pues restaría su geografía.Como dijo la hermana Lucía " El buen Dios promete por este medio (la consagración) el cese de la persecución de Rusia". O sea la" conversión" de Rusia, de la guerra a la paz.No de otra manera se expresa el autor sagrado del libro de los Proverbios: :"Cum placuerint Domino viae hominis, Inimicos quoque eius CONVERTET ad pacem" (Prov. 16,7). Que casi todas las biblias traducen con una expresión semejante a "pedir paz" "reconciliar" o sea dejar de hostigar y hacer guerra (las biblias de exprresión inglesa dicen en Prov.16,7 " He CONVERT his enemies to peace". Esto es exactamente lo que hizo Rusia, aunque paulatinamente después de la consagración de 1952. Hasta el punto que la Iglesia llegó adoptar actitudes blandas como la Ostpolitik de Montini, Casaroli y hasta de Roncalli y su concilio (que pactó no nombrar ni denunciar a Rusia (o sea U.R.S.S.).


Finalmente en 1989 tuvo lugar el simbólico derrumbe del muro de Berlin y la caída del comunismo y de la U.R.S.S. que era quien portaba "los errores de Rusia" habiendo causado millones de mártires y hasta cien millones de muertos (también y sobretodo ortodoxos rusos ) y en la mayor persecución de la historia desde Diocleciano que tuvo lugar en la católica España por parte de las hordas marxistas del masónico, socialista y comunista gobierno del Frente Popular , cuyos obispos (de España) no siguieron el ejemplo de los portugueses que consagraron la nación (y la libraron, como reconoció Pío XII) al Inmaculado Corazón de María el 13 de Mayo de 1931, renovada en 1938 a la vista de la cruel contienda española causada en definitiva por el Frente Popular (con las masas gritando por las calles "Viva Rusia").A todo este horror siguió un cambio que era el que pretendía la Virgen con la consagración. Este cambio, todo lo imperfecto que se quiera, puede ser llamado un triunfo del Corazón Inmaculado de María Santísima sobre los proyectos criminales del Imperio Soviético. Y nadie ha demostrado que no se refiriera a esto. Más bien por el contexto hay que suponer que era el sinificado que le dio la Virgen Sma. cuando prometió la conversión de Rusia.En mi opinión el tema de la Consagración y la persecución de Rusia (que ha causado más de cien millones de muertes en el mundo e innumerables tragedias así como sufrimientos a la Iglesia y al Santo Padre) es ya historia. Mucho de ello se podría haber evitado si se hubiera hecho una inmediata consagración al Inmaculado Corazón, tal como sí hicieron los obispos portugueses de consuno por dos veces . Pero se hizo tarde y no ateniéndose a los requerimientos de NªSª. Tb el Rey de Francia, Luis XVI intentó cumplir los requerimientos hechos a su abuelo por el Sacratísimo Corazón de Jesus por medio de Sta. Margarita, pero esto no evitó ni su ejecución y la de su familia, ni tampoco ahorró a Francia los horrores de la Revolución.Ahora, en mi opinión, estamos en el "cierto tiempo de paz" predicho en Fátima al que la profecía de La Salette llama una "falsa paz".


Creo que ahora vivimos, después de unos años (¿veinte años? (¿cincuenta años?) de paz relativa universal (imperfecta, falsa, pero un tiempo muchísimo mejor para el ámbito occidental que el vivido por la generación de la segunda Guerra Mundial y siguientes) "el comienzo de los dolores" Mt.24,8 ; como dice NºS.en el Evangelio, en su discurso escatológico. Estos tiempos del fin (caracterizados por la gran apostasía y la abominación de la desolación en el Templo de Dios,o sea crisis de la Iglesia del culto al hombre y demás abominaciones, no son el fin del mundo sino los que preceden al decenas de veces anunciado ( en la Biblia y en muchas profecías católicas)"gran castigo o tribulación" el "dies irae" o ".día de Yahveh". Pero também son los tiempos en que NºS. dice "levantad la cabeza" porque se acerca vuestra liberación" Lc.21,28. Esta será el "triunfo del Reino de Dios" o de "Cristo" o del "Sagrado Corazón" o de "María" como dice San Luis de Monfort o também si se quiere el "triunfo del Inmaculado Corazón". El triundo del Inmaculado Corazón, ya ha tenido lugar, aunque imperfectamente, en relación a la persecución de Rusia (correspondiendo a la imperfecta consagración de 1952) al habernos librado de la violentísima persecución de Rusia que estuvo a punto de convertir (aquí otra acepción del término convertir) el mundo en un Gulag.Algunos confunden esto con el fin del mundo y juicio final precedido por la parusía. Pero Cristo dijo "pero no viene enseguida el fin" "sed nondum statim finis" Lc.21,9 ;Mt 24,6. Será el "cumplimiento del tiempo de las naciones" Lc 21, 24. Será el juicio(castigo) de los vivos, como decía el llorado B.Martín Sánchez, en oposición al juicio de los muertos al fin del mundo. El primer juicio(en sentido de castigo, muy común en la biblia v.gr. "el que no cree en el Hijo ya está juzgado" o sea condenado ") será acompañado de la aparición (en sentido figurado o moral) de Cristo Juez "iudex tremendus iudicabit populus suum" como termina la profecía de San Malaquías. Pero esto es una venida de Cristo no física sino moral. No puede estar muy lejos porque faltan uno o dos lemas (lo cual sería interesante explicar) para su cumplimiento. El juicio de muertos con la resurrección de ellos acontecerá con la "venida de Cristo en gloria y majestad" y visiblemente (Padre Lacunza).* Esta será la verdadera Parusía.La primera venida, sólo moral y ya próxima vendrá acompañada y seguida del triunfo de la Iglesia católica, con la conversión de los judíos y todas las sectas, para reinar Cristo (opportet illum regnare, 1Cor,15,25) un tiempo indefinido (aquí se dividen las opiniones sobre su duración) y que algunos han llamado milenio** (milenarismo espiritual y mitigado). Esta venida coincidirá con la muerte de las dos terceras partes de la humanidad en la gran tribulación "tal que no la hubo antes desde el principio del mundo ni la habrá ya más" (Mt.24,21). Al final de este "milenio" vendrá el fin del mundo con la venida de Cristo el Juez de los muertos. Este milenio será esplendoroso pero de hombres en nuestra condición. No habrá desaparecido el sufrimiento totalmente, ni la muerte, ni el pecado, ni la posible condenación, todo lo cual es propio de los "viatores".*** Será el Reino de los Sagrados Corazones y una época esplenderosa de la iglesia y de prosperidad en toda la tierra.
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* O autor destas linhas se esquece de que o padre Lacunza considera que, na Parusia, que antecederá o Reino de Cristo, haverá apenas a ressurreição dos justos, sendo que a ressurreição (para a morte) dos iníqüos ficará retida para o juízo final, que se dará após o reino de Cristo e de Maria.
** Sobre o milênio ou reino de Cristo, publicamos um pequeno comentário que pode ser visto em: http://parusiavr.blogspot.com/2009/04/parusia-o-que-e.html#comments
*** Ainda não há unanimidade entre os que estudam a escatologia se no reino de Cristo e Maria haverá pecadores. Este é um assunto que ainda está sendo estudado por nós.

Apostasia satânica e sinal do fim dos tempos:RATZINGER NÃO QUER QUE O EVANGELHO SEJA LEVADO AOS JUDEUS



E Disse Jesus: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura."

Caríssimos leitores, o discurso de Ratzinger é um sinal de gravíssima apostasia. Não é a primeira vez que ele nega que a Igreja deva pregar o Evangelho. Isso já aconteceu aqui no Brasil. E foi há exatamente dois anos atrás, no dia 13 de maio de 2007, em Aparecida. Lá ele disse que a Igreja simplesmente não deve fazer "proselitismo", mas que deve somente atrair. Há pessoas entre nós que foram testemunhas disso, pois, no dia, estavam lá presentes para ver a apostasia de perto. Agora vemos que o Evangelho, que deve ser pregado a todos, pois isso é um grave mandato de Nosso Senhor Jesus Christo, é negado àqueles que, outrora, foram o único povo de Deus. Isso é uma lástima! O que diriam os apóstolos sobre tal aberração? O que diria o Papa Pio XII, que foi instrumento de conversão para o rabino romano Zolli ? Que venham as duas testemunhas e que elas façam aquilo que estes homens iníqüos deveriam estar fazendo!

Não tivemos tempo ainda de traduzir a notícia, mas, para os que sabem inglês, aqui a disponibilizamos:


'Vatican to stop mission on Jews' Pope agrees to stop missionary activity among Jews
(May. 12, 2009)
JPost.com Staff , THE JERUSALEM POST


In his welcoming address Tuesday to Pope Benedict XVI at Heichal Shlomo,adjacent to Jerusalem's Great Synagogue, Chief Ashkenazi Rabbi YonaMetzger said that the pontiff had agreed that the Catholic Church wouldcease all missionary activity among Jews, and thanked him for thegesture.



Metzger opened by congratulating the pontiff on his arrival to "our holyland - the land to which we prayed to return during 2000 years ofexile... And, with God's help, our meeting today is taking place in theLand of Israel, in our city of Jerusalem - the eternal capital of theJewish people."



Speaking of the necessity to hold dialogue between the faiths, Metzgersaid that "if a historical meeting such as this, where the head of thelargest religion in the world meets in Jerusalem with the head of theJewish religion, had taken place many years ago, how much blood wouldhave been spared and senseless hatred prevented."



Metzger thanked Benedict for preventing the return to the Catholic Churchof the Holocaust denier Bishop Richard Williamson. [????]



"Had you not done so," Metzger explained, "a message may have beenunderstood by another Holocaust denier- the president of Iran, grantinglegitimacy to his sinful declarations of his will and intention todestroy our country. I commend with appreciation your clear proclamationthat anti-Semitism is not only a sin against the Jews, but also a sinagainst God."



In a hint of criticism over Benedict's speech at Yad Vashem on Monday,which was received with some disappointment for his failure to apologizeon behalf of the Catholic Church while paying tribute to the memory ofthe six million Jews who perished in the Holocaust, Metzger hailedBenedict's predecessor, "Pope John Paul II, who visited us nine yearsago, placed a note between the stones of the Western Wall, and in it arequest for forgiveness from the Jewish people for the suffering causedto them throughout history, and of the Christian commitment towards truefraternity between our peoples."



Alluding to the threat of Islamic extremism, Metzger said "we must teachthe leaders of other religions that it is not with terror that they willobtain their aims, not by the killing of innocent people do theyrepresent their God."



The chief Ashkenazi rabbi went on to thank the pope for his "historicagreement and the commitment given by the Vatican, that the Church willhenceforth desist from all missionary and conversion activities amongstour people. This is for us an immensely important message."Metzger then asked the pope to act on the issue of lost Jewish refugees;children saved by Christians during the Holocaust and never told by theiradopting parents that they were Jewish.



"Your Holiness - as you know, during the Holocaust many parents depositedtheir children in trust with the various churches throughout Europe," hesaid. "To our sorrow, six million Jews did not return. Many of thechildren who survived thanks to the Church, grew up unaware of theirJewish heritage. We ask that the Church under your guidance, displaytransparency and reveal their roots so that they may choose theirnational and religious paths.



"A lack of transparency on this sensitive issue may perpetuate thesuffering of many Jews and ultimately obtain the Nazi's aim - theannihilation of the Jewish People."



Metzger also mentioned the pope's visit to the Western Wall which is a"house of prayer for all people," but lamented that "unfortunately thereare those who have transformed their houses of prayer into warehouses ofweapons and terror."



"One thing alone still threatens us all," he said, "the use of religionas a means for the killing of innocent people."



He concluded by calling to establish "an international body, a UN forreligions alongside the UN for diplomats and statesmen. There, side byside, around one table will sit the representatives of all the religions.Even those coming from countries that still lack diplomatic relationsbetween them, will sit together to solve conflicts and differences ofopinions arising from a religious cause."
"It is my heartfelt blessing that together we will merit to add love,mutual respect and peace in our world," the rabbi ended his speech. "Foreach people will walk in the name of his God; And we will walk in thename of the Lord our God..."



Following Metzger's speech, the pope vowed to maintain the dialoguebetween Christianity and Judaism in an effort to continue thereconciliation process between the two religions.

Homero Johas: A perpetuidade dos ritos romanos.

Em 1981, o Dr. Homero Johas publicava na revista PERMANÊNCIA, um estudo que, em breve, pretendemos publicar em nosso site. Este estudo tratava da perpetuidade do Rito da Missa, codificado pelo Papa São Pio V por meio da Bula Quo Primum Tempore. Recentemente, encontramos uma recomendação sobre este artigo no site da editora PERMANÊNCIA, que, na época de Corção, era mais próxima à nossa posição (o próprio Corção afirmou ao Dr. Johas que Paulo VI era herético), e fazemos questão de expor aqui o texto que trata sobre isso:

"No caso da Missa latina da Igreja Católica, fixada para sempre na forma que tinha no século XVI, a Bula Quo Primum Tempore enfática e reiteradamente assinala que tanto como norma de culto a Deus quanto no que diz respeito ao seu exercício, ao seu uso pelos padres, clérigos, monges etc., ela não poderia ser modificada ou impedida por quem quer que fosse, e isso para todo o sempre. Este ponto ficou suficientemente esclarecido, também em termos teológicos, no excelente estudo de Homero Johas que foi igualmente publicado no nosso número anterior sob o título: “A Perpetuidade dos Ritos Romanos”. (http://permanencia.org.br/revista/historia/breve.htm)

É, no entanto, lamentável que a PERMANÊNCIA tenha se desviado através de considerações indevidas sobre nossa posição. Infelizmente, hoje, eles consideram os papas conciliares como Papas verdadeiros, apesar de lhes recusarem obediência em alguns pontos. Ainda sim, cremos nós, que, com a perseguição que se seguirá à Igreja verdadeira sob o reinado do Anticristo, estes tradicionalistas vacilantes se unirão àqueles que sempre combateram com todas as suas forças os erros conciliares.

Instaurare omnia in Christo
“Não formeis parelha incoerente com os incrédulos. Que afinidade pode haver entre a justiça e a impiedade? Que comunhão pode haver entre a luz e as trevas? Que acordo entre Cristo e Belial? Que relação entre o fiel e o incrédulo? Que há de comum entre o templo de Deus e o dos ídolos?” (II Cor VI, 14-16).

Ratzinger entra pela segunda vez em uma Mesquita



Bento XVI entrou, pela segunda vez, em uma mesquita. Agora, no meio dia de sábado, 9 de maio de 2009, o ocorrido se deu na Mesquita "Rey Hussein Bin Talal", de Ammán, erigida pelo Rei Abdalá II em memória de seu pai, falecido em fevereiro de 1999, e inaugurada em 2006.


Dois anos e meio atrás, Bento XVI entrava na Mesquita azul de Istambul.


O príncipe Ghazi acompanhou a Bento XVI em sua visita à Mesquita - onde ambos tiveram um "momento de recolhimento".


Quem presidiu as saudações de recebimento a Bento XVI foi o príncipe Ghazi Bin Muhammad Bin Talal, de 42 anos, primo do atual rei da Jordania, Abdulla II, filho do falecido rei Hussein, a quem está dedicada a Mesquita.


Disse o príncipe:
"...É quase supérfluo dizer que, entre outros, o profeta Maomé - a quem os muçulmanos amam, emulam e conhecem como realidade viva e presença espiritual - é completa e inteiramente diferente de como se descreve historicamente no ocidente a partir de São João Damasceno. Estes retratos distorcidos, feitos por quem não conhece nem a língua árabe nem o Sagrado Corão, sem compreender os contextos históricos e culturais de vida do Profeta e, em conseqüência, mal entendendo e interpretando mal os motivos e as intenções espirituais que implicam em muitas de suas ações e palavras, são lamentavelmente responsáveis por tanta tensão histórica e cultural entre cristãos e muçulmanos."


Palavras de Bento XVI:
"...Lugares de culto, como esta esplêndida Mesquita de Al-Hussein Bin Talal, assim nomeada em homenagem do venerado rei falecido, se levantam como jóias ao largo da superfície da terra. Desde o antigo ao moderno, desde o esplêndido ao humilde, todos eles remetem ao divino (as mesquitas remetem ao divino?), ao Único Transcedente, ao Todo Poderoso. (???) E através dos séculos estes santuários tem atraído a homens e mulheres ao interior de seu espaço sagrado para fazer uma pausa, para orar e constatar a presença do Todo Poderoso (???), e para reconhecer que todos somos suas criaturas."


"...O desafio de cultivar para o bem, no contexto da fé (qual fé? a muçulmana?) e da verdade, o grande potencial da razão humana.(...) Como crentes no único Deus (Alá?) - disse - sabemos que a razão humana é em si mesma um dom de Deus (???) e se eleva ao plano mais alto quando é iluminada pela luz da verdade de Deus (???). Na realidade, quando a razão humana consente humildemente em ser purificada pela fé não se debilita; ao contrário, ao resistir à presunção de ir além dos próprios limites, a razão humana se reforça no empenho de perseguir seu nobre objetivo de servir à humanidade."


"...Portanto - aludiu -, a adesão genuina à religião (qual?), longe de limitar nossas mentes, amplia os horizontes da compreensão humana. Isto protege a sociedade civil dos excessos de um ego ingovernável, que tende a absolutizar o finito e a eclipsar o infinito; desta maneira, assegura que a liberdade se exerça em consonância com a verdade (a verdade do Corão?) e enriquece a cultura com o conhecimento do que concerne a tudo o que é verdadeiro, bom e belo..."

Pensamos que não são necessários maiores comentários, nem detalhes.

ESTÁ NO AR O SITE DO COETUS FIDELIUM

Caríssimos leitores está no ar o site oficial do COETUS FIDELIUM. Estamos no início de uma grande jornada.
Os que desejarem coloborar deixem sugestões. Contamos com a ajuda de todos e que Deus nos abençoe e nos proteja.
O endereço é:
Ainda faltam muitos detalhes, mas pouco a pouco iremos completando o que falta.
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“Tempo virá de revolta e de dissensões na Igreja. Meu filhos, não vos deixeis seduzir por nenhuma inovação! Uni-vos e ficai firmes. Permanecei no mesmo caminho, na mesma senda que vossos piedosos ancestrais. Conservai e mantende o que nos ensinaram. É assim que resistireis aos ataques, às tempestades, aos furacões que se levantarão com tanta violência” (São Nicolau de Flüe [ + 1487 ], místico suíço).
(Fonte: ROHRBACKER, Padre. Vida dos Santos. Editora das Américas, Vol. 1, página 405; São Paulo: 1959)
 
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