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A gnose e João Paulo II (Introdução)


Por Pe Basílio Méramo
Surpreenderá que se relacione a gnose com João Paulo II, mas, na realidade, é, em última instância, o único meio de se chegar a captar o profundo do seu pensamento e a significação histórica do seu pontificado para a Igreja e o Mundo.

Sem falar da gnose não se compreende o miolo do pensamento, nem o motivo do atuar de João Paulo II. Sem a gnose não se explica nem a teologia, nem a filosofia deste homem. Ainda mais, sem a gnose não se descobre a mola que impulsionou o Vaticano II, o qual tem um discípulo e genuíno interprete consumado em João Paulo II.

A gnose penetra a fundo no mundo moderno em seu afã de judaizar tudo e de corromper tudo o que é genuíno e verdadeiramente católico. Daí surge o imperativo de penetrar na Igreja para que ela se autodestrua de dentro mesmo. O qual exigia que ela entronizada por meio de um Concílio, tal como o foi o Vaticano II, que fez suas as idéias e os princípios da gnose, e que, através dela quis judaizar a Igreja cabalizando-a, pois a Cabala não é nada mais que a gnose judaica. Os judeus jamais abandonaram a gnose, uma vez que o judaísmo a assimilou contagiando-se com as aberrações doutrinais e conceituais dos povos pagãos, submergidos no erro como justa paga por sua apostasia da lei primitiva, a qual renegaram submergindo-se nas trevas do paganismo, o qual não é outra coisa que a apostasia dos homens da primitiva lei, do mesmo modo que o politeísmo característico dos povos pagãos, como assinala com grande sabedoria Mons. Satraubinger em seu comentário sobre a Bíblia: "é uma depravação do monoteísmo primitivo" e que "não há, pois, dúvida, de que o politeísmo é um produto da apostasia da religião primitiva." (Nota 1 do Gênesis 1)

E como bem observa o venerável e querido Pe Meinvielle no prólogo do seu livro "Da cabala ao progressismo", ed. Calchaqui, Salta 1970, racalcando com profunda penetração teológica da história que:

"(...) através da história humana não há senão duas atitudes fundamentais de pensamento e de vida: uma, a católica, que é a tradição recebida de Deus por Adão, Moisés e Jesus Cristo, e cujo insuperado expositor foi Santo Tomás de Aquino; a outra, a gnóstica e cabalística, que alimenta os erros de todos os povosna gentilidade e na apostasia do judaísmo primeiro e logo na do cristianismo mesmo, e que se verifica de modo particular no mundo moderno." (p.7)

Logo, não é de se surpreender que a gnose tenha penetrado de um modo muito peculiar na Igreja, através de um Concílio como o Vaticano II, e que nutra o pensamento de seus mais representativos personagens e mais fervorosos propagadores, como foi o caso do Cardeal Karol Wojtyla que hoje (na época em que este livro foi escrito, n.d.t) dirige como papa a Igreja em Roma, tendo como objetivo principal de seu pontificadoo pôr em prática o Concílio Vaticano II, como afirma em seu excelente livro Johannes Dörmann: "La Theologie de Jean Paul II et l'Esprit d'Assie", ed. Courrier de Rome, 1995, p. 21.

Fica suficientemente clara a necessidade de se conhecer o substrato do pensamento de João Paulo II e do Concílio Vaticano II, impregnados de gnose.

É, pois, de suma importância, detectar a gnose em João Paulo II e no Concílio Vaticano II.
 
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